sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

FALANDO DO CORPO SUTIL E TRATAMENTOS ESPIRITUAIS


 
O ser humano é muito mais complexo do que ele mesmo imagina e sabe.
O seu corpo físico é um invólucro energético (denso), oferecido pela Mãe Terra, para que o espírito imortal venha estagiar mais uma vez nas plagas terrestres e aprender as lições necessárias ao seu aprimoramento consciencial.
            Para manifestar-se na matéria, o espírito necessita de um invólucro energético sutil, um corpo de luz estelar (1), que, em muitas ordens iniciáticas antigas, era apropriadamente chamado de corpo emocional, que o interconecte ao corpofísico, através dos liames energéticos do cordão de prata (2).
            Da mesma forma que o corpo físico libera tensões através dos seus canais lacrimais, quando o ser humano chora suas pressões psíquicas, vazando-as pelas lágrimas cristalinas que liberam tantas tensões de dentro, assim também é ocorpo espiritual, que libera suas mágoas e suas emoções malresolvidas - através de determinados fluidos vitais que se ecsudam dos seus chacras, como lágrimas psíquicas e energéticas, que se afiguram como pequenas gotas escuras, ou filamentos líquidos escuros e fístulas abertas -, por onde projetam-se energias em formas densas, liberando, de dentro para for a, aquilo que atormenta o Ser.
            Muitas vezes, nos tratamentos de cura espiritual, sensitivos percebem essas energias escuras sendo exaladas e absorvidas pelos médicos do espaço, pelos espíritos benfeitores (3), que operam, invisivelmente, limpando esses fluidos negativos e dissolvendo essas nódoas espirituais, sempre no campo energético. E, assim, por repercussão, tratam o próprio mecanismo físico, por repercussão psíquica direta, psicossomática.  
Mexendo no campo psíquico, o corpo físico responde adequadamente - e a medicina já sabe disso -, apenas precisa compreender melhor esse mecanismo, de como os pensamentos e emoções afetam a saúde física.
Espiritualmente, isso é visível nessas energias escuras que ecsudam dos chacras, e que os mentores espirituais, com muita paciência, limpam, exoneram e dissolvem, utilizando-se de recursos espirituais ainda incompreensíveis aos homens da terra.
            É essencial que o ser humano trabalhe suas emoções, da melhor forma possível, com grande compreensão. É necessário um conhecimento adequado do sistema de chacras (4) - e saber trabalhar com as cores em cada um desses centros vitais.
Também é necessário saber trabalhar melhor com as energias das mãos, principalmente por parte dos curadores de todas as áreas, de todos os sistemas, que têm nelas o instrumento adequado para o seu trabalho; e que carregam, em seu coração, a chave para se conectar aos médicos do espaço e, mais além, aos devas (5) da cura - seres espirituais que estão conectados com a Mente Universal do Todo -, e que podem passar vibrações suaves e serenas.
Por sua vez, os médicos do espaço trabalham adequando as energias (por entre os planos), e repassam-nas através dos canais humanos competentes para isso.
            Portanto, é essencial conhecer o poder de cura da música, dos aromas, dos trabalhos alternativos da Acupuntura, da Homeopatia e dos tratamentos vibracionais correspondentes.
            O homem ainda está longe de compreender esses mecanismos - tanto aqueles de dentro dele mesmo, quanto aqueles de cura vibracional -, que o Homem ainda tateia, como criança. E, muitas vezes, grandes profissionais da saúde, que parecem gigantes em suas áreas e em seus ramos de trabalho, não passam de bebês no reino da consciência espiritual, por não saberem de mecanismos simples, que poderiam ser somados em sua arte terapeutica.
            Pela bondade do Todo (6), muitas consciências operam invisivelmente e ajudam os homens. Mas tudo tem limite! E cada um têm a sintonia adequada do que pensa e do que quer da vida… Cada Ser é um universo em si mesmo, cheio de pensamentos e sentimentos, que estão declarados em suas próprias energias.
E, muitas vezes, quando não há o tratamento adequado, e a pessoa ecsuda energias escuras de suas emoções malresolvidas em seus chacras e em seu corpo espiritual, seres espirituais infelizes (7), carentes, também doentes, se anexam energéticamente à estrutura psicossomática da pessoa e, daí, se iniciam processos obssessivos de longo curso, numa simbiose oculta, invisível, nefasta, que a ciência material do homem ainda não reconhece.
            É essencial que o homem se ligue na prece sincera ao Alto, que trabalhe suas emoções e enfrente os seus medos; que se esclareça e se aprofunde, enfim, que conheça a si mesmo.  
            Muitos pretendem conhecer o universo e o Todo, e sequer conhecem a si mesmos. Issocausa grande vazio dentro do coração.
            Muitos mergulham no trabalho, outros mergulham em emoções pesadas, e outros mais entram em vícios e se entorpecem de formas variadas.
E a causa é sempre a mesma: o vazio interior ao qual o ser humano se deixa levar… E, no entanto, há tantas coisas a serem descobertas, tantas maravilhas dentro do próprio ser humano!
Cada chacra é um portal divino, cheio de luzes e de cores. E as pessoas não os conhecem, porque sequer conhecem a si mesmas.
            Se olham no espelho e veem a aparência do corpo físico, que é apenas um invólucro energético mais denso. Se observam, se arrumam, e se esquecem de arrumar a Luz em torno de si mesmas - na aura (8) e em seus chacras.
            As pessoas não se esquecem das mágoas nem das ofensas que os outros fizeram para elas, mas se esquecem da própria Luz! Se esquecem de elevar o pensamento aoEterno diariamente (na hora em que acorda, agradecer o dia; na hora em que deita, agradecer a experiência do dia), e se preparar para voos espirituais, além…
            O ser humano desperdiça os potencias a que tem direito. Possui o potencial doTodo em si mesmo. O macrocosmo habita o microcosmo de suas células. O potencial das estrelas reside em cada coração - que contêm vastos potenciais embrionários, que precisam ser desenvolvidos.
O ser humano não precisa pedir permissão a um poder externo para desenvolver-se, precisa é mergulhar no seu próprio Ser interno, para descobrir - ou melhor, redescobrir -, esses potenciais e utilizá-los em sua ascese evolutiva.
Durante o dia, dentro do corpo; durante o sono, fora do do corpo (9). Mas suas necessidades são as mesmas: se autoconhecer, seguir em frente, evoluir… Para, amanhã, estar melhor do que hoje; e sempre melhor…
            E para isso, é necessário estudo e trabalho adequado. Nada é fácil, nada é entregue gratuitamente, no que tange à evolução. Tudo demanda trabalho e esforço do Ser.
            É necessário erguer os olhos ao infinito, mesmo que a tristeza tenha batido na porta… E também é necessário olhar dentro de si mesmo, para ver o próprio potencial – e, assim, reconhecer e enfrentar as coisas que acontecem em sua consciência.
            Em frente, para cima: esse é o rumo do ser humano…
            Mas, para seguir em frente, é necessário conhecer a estrutura do corpo energético e, daí, irradiar energia pelos seus poros psíquicos, enchendo sua aura de Luz, de dentro para fora.
Porque, na presença da Luz, as trevas se afastam, e o que é oculto finalmente é revelado; e o Ser, então, observa a verdade de frente, na própria Luz, que jamais engana.
Na verdade, é essa Luz que o ser humano vem temendo dentro dele mesmo, pois o encontro com Ela é o verdadeiro motivo daexistência.
Ao mergulhar no corpo, o espírito trás uma missão vital: trazer a Luz estelar e iluminar a carne e a Terra. Essa é a Missão de todos!
            E, na graça do Todo, que está em tudo, que haja mais Luz dentro de cada um, nessa grande viagem espiritual que é a Vida.
 
            - Sanat Khum Maat (10) -
            (Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 09 de março de 2009.)
           
- Nota de Wagner Borges:
Esses escritos são a transcrição do que falei durante a apresentação do programa Viagem Espiritual (11), na Rádio Mundial de São Paulo – 95.7 Fm.
            Na ocasião, enquanto rolava uma linda música de abertura (12), eu fechei os olhos e concentrei-me. Foi aí que eu vi, pela clarividência, o mentor espiritual Sanat Khum Maat dentro do estúdio. E ele projetou um raio de luz azul em minha cabeca, interligando seus pensamentos nos meus... Então, ali, de improviso, ao vivo, eu projetei as palavras que ele projetava em minha mente. Ou seja, eu revesti de ondas sonoras a mensagem dele – e transformei em palavras, com o meu próprio jeito de expressão, o conteúdo das ideias dele.
            Nem precisa dizer que o estúdio ficou cheio daquela energia espiritual serena e amiga, deixando a todos alipresentes com o coração alegre e com a sensação de que um pedacinho do Céu tinha descido entre nós.
 
            Paz e Luz.
 
            - Notas do Texto:
            1. Corpo espiritual - Cristianismo - Cor. I, cap. 15, vers. 44.
Sinonímias: Corpo astral - do latim, astrum - estrelado - expressão usada pelo grande iniciado alquimista Paracelso, no séc. 16, na Europa, e por diversos ocultistas e teosofistas posteriormente.
Perispírito - Espiritismo - Allan Kardec, séc. 19, na França.
Corpo de luz – Ocultismo.
Psicossoma - do grego, psique - alma; e soma, corpo. Significa literalmente "corpo da alma" - Expressão usada inicialmente pelo espírito André Luiz nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Waldo Vieira, nas décadas de 1950-1960, que atualmente é mais usada pelos estudantes de Projeciologia.
2. Cordão de prata – Conduto energético que liga o corpo espiritual ao corpo físico; cordão astral, cordão fluídico; cabo astral, cordão de luz; laço vital; fio de prata; cordão perispirítico.
            3. Amparador extrafísico – entidade extrafísica e positiva que ajuda o projetor nas suas experiências extracorpóreas; mentor extrafísico; mestre extrafísico; companheiro espiritual; protetor astral; auxiliar invisível; guardião astral; guia espiritual; benfeitor espiritual.
            4. Chacras - do sânscrito - são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia - prana, chi -, do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
  Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.
            5. Devas – do sânscrito – seres celestes; divindades; anjos.
            6. O Todo - expressão hermética para designar o Poder Absoluto que está em tudo. O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.
            7. Espíritos infelizes – espíritos desencarnados inferiores; entidades extrafísicas carentes; espíritos desencarnados e apegados às energias densas.
            8. Aura – do latim, aura - sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete, energeticamente, o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético.
            9. Projeção da consciência – é a capacidade parapsíquica - inerente a todas as criaturas -, que consiste na projeção da consciência para fora de seu corpo físico.
Sinonímias: Viagem astral – Ocultismo.
Projeção astral – Teosofia.
Projeção do corpo psíquico - Ordem Rosacruz.
Experiência fora do corpo – Parapsicologia.
Viagem da alma – Eckancar.
Viagem espiritual – Espiritualismo.
Viagem fora do corpo – Diversos projetores extrafísicos e autores.
Emancipação da alma (ou desprendimento espiritual) – Espiritismo.
Arrebatamento espiritual - autores cristãos.
10. Para saber mais sobre o mestre extrafísico Sanat Khum Maat, ver o texto 139 - postado pelo site do IPPB em 1999, e onde revelo alguns detalhes sobre sua presença espiritual -, no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=3194.
Há outros textos dele postados na seção de textos periódicos do site enviados semanalmente - www.ippb.org.br. Devido à profundidade de seus apontamentos, é um dos mentores mais queridos dos leitores, que, frequentemente, enviam e-mails pedindo mais textos de sua autoria espiritual.  
Obs.: A coletânea de textos espirituais de Sanat Khum Maat está publicada em meu oitavo livro: "Ensinamentos Extrafísicos e Projetivos", lançado pela Editora Madras, em 2005 - o livro pode ser encontrado nas livrarias e também pode ser adquirido diretamente no IPPB, ou por telefone, e ser enviado pelocorreio.
11. O programa Viagem Espiritual atualmente é apresentado todos os domingos, das 12h30min às 13h – 95.7 Fm – Rádio Mundial de São Paulo.
Obs.: O programa pode ser ouvido diretamente pelo site da Rádio Mundial, no mesmo dia e horário. O site da rádio é: www.radiomundial.com.br   
Inclusive, as gravações do programas ficam disponibilizadas dentro da Rádio IPPB – na seção de multimídia do site do IPPB – www.ippb.org.br
12. A linda música que estava rolando na abertura do programa era a “Eye of the Storm”- terceira faixa do CD “I Can See Your House From Here”- da banda inglesa de rock progressivo Camel.
 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Renda-se ao Momento


 
É uma lei espiritual comum que tudo acontece por um motivo.
Às vezes, isso é duro de admitir.
Os motivos nem sempre são claros, mas os eventos ocorrem nas nossas vidas porque os merecemos e porque estão projetados para nos ajudar a nos transformar e a crescer; e a transformação nos leva mais próximos de uma conexão com a Luz... o que é sempre bom!
Esta semana que virá, ao invés de encarar cada situação aparentemente negativa com desânimo, tente manter a consciência de que existe um ensinamento naquela circunstância e que esse ensinamento o levará a um lugar melhor no final, a um nível espiritual mais elevado.
Em momentos de angústia, por mais difícil que seja enxergar o motivo do sofrimento, encontre dentro de você a força para dizer:
“Por enquanto vou aceitar este desafio sem saber o motivo, mas confiando que o universo me mandou esta situação para o meu próprio bem e que algum dia vou entender tudo o que está acontecendo completamente”.
Assim, nos entregamos completamente ao Universo, nos conectando com Luz.
Infelizmente, nosso Desejo de Receber Somente para Nós Mesmos procura constantemente nos distrair dessa consciência.
Ficamos atrapalhando nosso próprio caminho, com preocupações e inquietações, que fazem com que pequenos montes pareçam montanhas gigantes.
Queremos resolver o problema de forma imediata. Queremos ver os frutos do nosso trabalho de forma instantânea.
Às vezes precisamos permanecer em desconforto, a fim de obter o melhor benefício.
Assim, em vez de pedir que a dor passe, peça para enxergar o ensinamento que a dor está aqui para ajudá-lo a aprender.
Quando você aprendê-lo, não haverá motivo para a dor, certo?
No fundo, o Criador quer sempre o melhor para nós.
Esta semana, temos o poder de nos entregar ao momento, escolher ser pacientes, procurar o ensinamento e permitir que a dádiva que se encontra oculta se abra diante de nós.
 
Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Suprema contradição - A diferença que nos iguala


 
Talvez o mais impressionante em toda a concepção espiritual é que ela só produza um único termo que lhe é singular.
Só uma palavra pertence exclusivamente ao campo da espiritua­lidade, e a grande maioria das pessoas tem dificuldade em compreendê-la, apesar de utilizá-la com frequência.
Trata-se da palavra-conceito: sagrado (Kadosh).
No texto bíblico, o Criador se dá ao trabalho de identificar essa palavra com a tarefa maior da espiritualidade: “Sejam sa­grados, porque eu, seu Criador, sou Sagrado.”
O que seria “ser sagrado”?
 
A raiz da palavra “kadosh” em hebraico arcaico significa “colocar à parte” ou “separar”.
A própria qualidade da Criação, como descrita no texto bí­blico, é a de separação. Segundo este, o poder transformador e criador, está no ato de separar e de diferenciar. Separam-se céus da terra, luz das trevas, mares dos continentes, animais uns dos outros e o ser humano dos animais.
A diferença não só cria, como parece preservar a própria vida, uma vez que sabemos hoje ser a biodiversidade essencial para o equilíbrio e a conser­vação do meio ambiente. E não parece se tratar apenas de diferenças coletivas ou de espécies.
A própria diferença entre os indivíduos é marca de saúde, como desvenda hoje a genética.
A reprodução de seres iguais empobrece a tal ponto a vida, que a coloca em risco.
A diversidade entre os seres vivos produz a cada procriação um ato de criação de um diferente.
A possibilidade hoje de criar-se geneticamente seres iguais uns aos outros nos coloca diante da criação de seres sem espiri­to. Isso porque a qualidade maior desta faculdade invisível é a própria diferença, ou a possibilidade de ser sagrado.
Ter um espírito é conter um pedaço de um infinito quebra-cabeças, no qual a condição de ser parte do todo é conter uma diferença que se encaixa em todas as outras diferenças.
A característica maior dessa diferença é que ela agrega, em vez de desagregar.
É ela que nos faz pertencer ao conjunto.
Pro­duz-se novamente uma santa contradição pela qual para fazer parte temos de ser diferentes. Ou melhor, o que nos une não é a igualdade, mas justamente a diferença.
É nela que está o Cria­dor em nós; é ela a diferença que é a semelhança entre todos nós e também entre nós e o Criador.
Essa diferença seria em si o elemento transcendente em cada um de nós.
A marca de nos­sa singularidade seria em si o espírito soprado em cada um de nós, como se fôssemos, individualmente, todos, como Adão.
Em vez de insuflados com um vento-alma, seríamos insuflados com a diferença.
Estaria assim plantado em nós o sagrado.
Somos colocados à parte, feitos diferentes, para podermos existir e nos identificar com tudo o que é solitário em sua diferença. Nossa melancolia por não encontrar um par só se dissolve no encontro com um outro verdadeiramente diferente que é, portanto, como nós.
A espiritualidade seria, dessa forma, o constante mimetismo desta condição, com a função de aplacar nosso desconforto por nossa sensação de separação e solidão. Transcender seria realizar rituais ou viver momentos que nos relembrassem ou colocassem em contato com esse sentimento de proximidade, mas sem­pre pela diferença.
A igualdade nos afasta, nos desumaniza, ou melhor, nos extirpa o espírito.
Sagrar ou fazer sagrado significa tornar distinto.
Separar um dia especial dos outros dias, como faz o Criador com o sábado, é ensinar ao ser humano o segredo de não ficar sozinho neste universo.
Diferencie e você vai encontrar uma santa paz, um encontro com uma essência que é a sua.
Esse artifício para estabelecer encontro é a ideia básica por detrás do antigo Templo, em Jerusalém, e que é, provavelmen­te, a matriz de todos os templos que já existiram, que hoje exis­tem e que existirão no futuro.
Como em uma cena de ficção científica, as criaturas descobriram uma forma de conexão com seu Criador.
Simples de se engendrar, mas difícil de se compre­ender.
O Templo de Jerusalém criou conceitos de diferença, de sagrado.
Havia um país diferente dos outros, nele uma cidade diferente das outras, e nela um monte diferente dos outros. Nesse monte, havia um lugar, um templo, onde dentro dele havia um lugar que era diferente dos outros lugares, e que se chamava o “sagrado dos sagrados”.
Tomavam conta desse templo sacerdo­tes que eram pessoas de uma tribo que era diferenciada das ou­tras tribos, e entre essa tribo pessoas específicas de uma família que era diferente de outras famílias dessa tribo. E nele se cele­bravam dias que eram diferentes de outros dias.
O espaço dife­rente, no tempo diferente, no ser humano diferente, é a antena parabólica que viabiliza um contato com o universo profundo e difuso.
Esta é a dificuldade maior das tradições espirituais.
Por um lado, expressar eticamente que os seres humanos são iguais e, ao mesmo tempo, realçar sua diferença, para que possam ser verdadeiramente iguais. Razão pela qual as religiões ora se perdem no conceito de que são diferentes e matam; ora se perdem na ideia de que são iguais e perdem a potência espiritual.
 
Há uma história sobre um menino que costumava se escon­der em um bosque todos os dias, depois das aulas. Certa vez, seu pai lhe perguntou o que ele fazia escondido no bosque to­dos os dias. “Eu... eu converso com Deus”, disse o menino. “Mas, meu filho”, reagiu o pai, “Por acaso você não sabe que Deus está em todos os lugares? Você não precisa ir até o bosque para falar com Deus. Ele é o mesmo, se você conversar com ele aqui em casa ou no bosque!” “É óbvio que Deus é o mesmo, meu pai”, respondeu o menino serenamente, “mas eu não sou o mesmo!”
 
Buscamos a diferença em tradições e templos, não porque Deus é diferente, mas porque somos diferentes. E só nessa dife­rença é que o espírito momentaneamente se torna real para nós.
A partir desses instantes passageiros, nos tornamos transcen­dentes e nos irmanamos em diferença com tudo o que é dife­rente.
A sutileza entre sagrar e segregar é a sintonia fina que distingue a espiritualidade inteligente da ignorância espiritual.
A periculosidade das manifestações espirituais é sempre esta.
Como não permitir que o ato deliberado de “colocar à parte” ou “separar” em rituais produza segregação, em vez de sagrado.
A segregação não é uma diferença que produz comunhão.
Ao contrário é a celebração do ego, e não do espírito.
Talvez pudéssemos dizer que o espírito é o que é diferente em nós e que nos iguala.
O ego, por sua vez, é aquilo que é igual em todos nós, e que nos diferencia.
A verdade é que a espiritualidade fala de coisas que não se manifestam, mas que estão por trás de toda manifestação.
A inteligência está não só em reconhecer esta sutileza, mas em modificar as matrizes de entendimento e funcionamento de nossas vidas. Diz respeito a permitir-nos delegar maior poder a nossos sensos, para que nos conduzam não necessariamente ao sucesso ou ao triunfo, mas ao bem-estar.
A paz está em sermos tão profundamente diferentes aquietando nosso fogo inter­no, por honrar nossos potenciais que são distintos e, ao mes­mo tempo, sermos tão profundamente iguais aquietando nossa consciência.
Essa integração é santa.
É santa porque nos coloca à parte, se não no universo absoluto, então, no universo que conhece­mos.
O grande objetivo de toda a inteligência, como já dissemos anteriormente, é o encontro. Não temos qualquer outro uso para a inteligência além do de reencontrar o caminho que nos leva de volta ao “jardim” do qual nos originamos.
Lá atrás, quando, fazendo uso da árvore da sabedoria, saí­mos em um derradeiro passeio, descobrimos o exílio.
Nosso único instrumento de sobrevivência se tornou essa sabedoria pela qual nos perdemos de casa. Mas isto é um engano. Nossos instrumentos são dois: a sabedoria com a qual partimos e o profundo desejo de retorno e reencontro.
Sem o último, o pri­meiro nos leva mais longe.
Um longe que parece conquista, mas que na realidade nos faz mais perdidos.
Como na história que citamos anteriormente do homem perdido na floresta.
Quando ele finalmente encontra a luz de uma lamparina, descobre que é a lamparina de um cego que, como ele, estava perdido.
Frustrado, ele acha que ali não existe nenhum ganho real, nada que possa lhe dar mais esperança nes­se encontro. Triste engano. O cego não precisa ver a saída, para o cego, a sensação de floresta e de estar perdido em uma imen­sidão não existe.
A luz de sua lanterna, totalmente desnecessária para ele, e fundamental para que o outro o veja. A função dessa luz é atrair aqueles que têm dificuldade em não ver e ensinar-lhes uma paz que sua visão não lhes permite.
Seu “enxergar” lhes traz o deses­pero da imensidão e do desconhecimento da saída. Juntos, eles têm mais recursos, ou talvez todos os recursos.
Aquele que não enxerga produz luzes para quem enxerga, para que conheçam a paz da cegueira.
No uso do enxergar para promover encontros com o que não enxerga está o nosso grande recurso.
Porque o galo não vê, mas sabe distinguir.
Porque o escuro é a angústia e a redenção.
E a proposta do cego é boa.
Acenda lamparinas para que os outros possam nos encontrar, mas não faça uso delas para en­contrar a saída. A saída só se apresenta aos olhos que se acostu­mam com o escuro. Porque aqueles que estão acostumados com a penumbra não têm problemas em discernir as formas que existem no escuro.
E a floresta se faz casa; e o exílio termina no encontro dos exilados.
E quem com lamparina continua buscando a saída, nada disso vê.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Neptuno em Peixes, até 2026

www.cova-do-urso.blogspot.com/2011/04/neptuno-em-peixes-ate-2026.html


Permanência de Neptuno no signo Peixes:
- 4 Abril 2011 até 4 Agosto 2011
- 4 Fevereiro 2012 até 29 Março 2025
- 23 Outubro 2025 até 25 Janeiro 2026



Não há ninguém vivo que possa testemunhar esta experiência, que será única: Neptuno no signo do qual é regente, Peixes. Supõe-se que Neptuno em Peixes será um período de paz, para nos prepararmos, enquanto humanidade, para os degraus anteriores à chegada da  Era de Aquário, no século 22.

Espera-se que este período proporcionará a oportunidade para a descoberta de faculdades espirituais e para o desenvolvimento de formas elevadas de música e arte; haverá grandes progressos nas curas. Quando hoje se ouve falar de espiritualidade e quando tanta gente é 'tu cá, tu lá' com estes temas, Neptuno em Peixes, irá ensinar que prática é essa. Os jovens de hoje, após 2025/6, já serão adultos e serão os novos líderes do planeta. As grandes realizações criativas da Era de Peixes serão postas à prova e poderão transformar-se em coisas do passado. Durante este período, talvez surjam grandes místicos, artistas e líderes espirituais.

Todos os signos sentirão sintomas especiais, mas entre os 12 signos há 4 que passarão por novas experiências com mais intensidade. São as pessoas de Peixes, Virgem, Gémeos e Sagitário. Sentirão particularmente a presença deste planeta nas suas vidas. Mais ou menos assim: um elo intuitivo com a mente inconsciente; a possibilidade de surgirem medos e problemas neuróticos originados pela captação das energias do inconsciente colectivo; um eventual aumento de fortes tendências místicas, independentemente da religião praticada; haverá a necessidade de privacidade e isolamento para a busca espiritual interior; podem surgir espontaneamente lembranças de encarnações anteriores e muita sabedoria espiritual trazida do passado.

Estaremos perante um caso único desta humanidade: o planeta a ascender para a 5ª dimensão e, não por acaso, Neptuno a transitar por Peixes. Nem vão perceber muito bem os sintomas. Se serão as da ascensão do planeta (já em funcionamento) ou se será Neptuno a trabalhar nos seus mapas. Haverá inclinação à clarividência, psicologia e cura, como também, um enorme aumento à sensibilidade artística e habilidade poética e musical. No campo oposto, se Neptuno estiver sob tensão, existe uma preocupação neurótica com os problemas do passado, pois as pessoas estarão abertas a influências psíquicas negativas e enganosas, podendo resultar em confusão mental, desatenção e afastamento das questões práticas da vida. «Muita mediunidade» - serão as bênçãos gerais para o planeta.

Neptuno irá contactar de perto, o Sol nos primeiros graus dos signos Peixes (conjunção), Virgem (oposição), Gémeos (quadratura), Sagitário (quadratura), Touro (sextil), Capricórnio (sextil), Câncer/Caranguejo (trígono) e Escorpião (trígono). É praticamente todo o Zodíaco. Este será um contacto muito complexo. É o contacto do divino em nós. É claramente o trânsito que mais faz reflectir sobre a vida e a morte. É necessário aprender a pensar nestes assuntos com uma perspectiva filosófica e metafísica, sem medos.

Enquanto solvente, Neptuno abala as raízes da própria personalidade, mas de uma forma muito subtil. Velhos conceitos e atitudes desvanecem-se lentamente, durante os mais de 3 anos do trânsito, e são substituídos por novos conceitos e atitudes. Mas até que estas novas peças (os conceitos e atitudes) cheguem à nossa consciência, sentimos que algumas partes dos nossos valores e da nossa vitalidade anímica estão a desaparecer. É uma goteira que se abre. É uma drenagem que não funciona.

O que podemos sentir neste trânsito dependente da natureza dos mesmos: as pessoas assustarem-se; a aparente ausência de felicidade; uma possível depressão insidiosa; talvez uma perda de esperança e um possível desânimo inexplicável; o nível energético vai parecer muito pobre; podemos pensar que estamos anémicos e o médico dirá que estamos óptimos; a uma enorme sensação de cansaço e entorpecimento (vale a pena tomar vitaminas); frequentes insónias (talvez valha a pena alterar os hábitos do sono); um desejo intenso de descansar depois do almoço; aproveite para “dormitar” uns minutos a qualquer altura do dia e dormir muito aos fins-de-semana; a família e os amigos não vão entender esta necessidade do sono, mas acabarão por se acostumarem; o impulso sexual pode diminuir, provocando sérios problemas psicológicos nos casais ou companheiros; os relacionamentos podem sofrer com esta apatia; amizades antigas desagregam-se; surgem novas amizades.

Vai desactivar as obrigações sociais desnecessárias; os anseios e objectivos profissionais são afectados de forma nebulosa; a vontade de viver é vaga e poeirenta; as pessoas com objectivos rígidos são as que sofrem mais; a carreira torna-se decepcionante; o trabalho que fazem parece-lhes completamente inútil; o ambiente onde trabalham parece-lhes decepcionante; sentem necessidade de envolvimento espiritual; estas buscas espirituais podem ser afectadas por conceitos de ateísmo ou por experiências de familiares com seitas ou religiões muito ortodoxas; as filosofias mais metafísicas ou místicas são excelentes para este trânsito; podemos funcionar com temeridade, por resistência ao trânsito: relacionamentos novos, negócios mal escolhidos, mudanças profissionais mal analisadas, etc.

São mudanças subtis, em que os novos valores e atitudes só funcionam se forem universais. A evolução da alma e do espírito requer maior consciência. Perdemos a velha esperança, para criar uma nova, mais universal. Mas tenho que confessar uma coisa: muitos, mas muitos sintomas aqui descritos são iguaizinhos aos sintomas conhecidos devido à ascensão do planeta para a 5ª dimensão.

Não me considerem maluco, não! A época do que é 'lindinho' em espiritualidade está a acabar. Quem estiver interessado em saber a razão de muitos sintomas que os nossos corpos estão (e irão) a passar, podem ser lidos clicando aqui, para aceder a este artigo de excelência, no 'Navegante do Infinito'.