Há tempos, astrônomos sabem que a quantidade de matéria que nós podemos ver não é a mesma quantidade que está realmente no universo. A matéria normal, que inclui galáxias, estrelas e planetas, é feita de bárions (prótons, nêutrons e outras partículas subatômicas) e forma apenas cerca de 4% do universo. Após busca extensa, astrônomos dizem ter encontrado metade da matéria normal procurada, segundo o site Space.com.
A parte que faltava de matéria de bárion não era detectada pois ela é muito quente para ser vista em luz visível, mas muito fria para ser vista por raios-x. Chamado de "meio intergalático", ou IGM (na sigla em inglês), a matéria está por todo o espaço como uma teia de aranha cósmica.
Uma equipe de astrônomos da Universidade de Colorado usou a luz de quasars distantes, cores brilhantes de galáxias com buracos negros ativos, para comprovar a estrutura quase invisível estrutura, como a luz de uma lanterna no meio à neblina, utilizando imagens de um aparelho do telescópio Hubble, chamado STIS e de um aparelho da Nasa chamado Fuse.
Recentemente, outro grupo de astrônomos encontrou um filamento de matéria de bárion ligando duas galáxias distantes. A descoberta foi divulgada na edição de hoje da revista Astrophysical Journal.
Um aparelho espectrógrafo, utilizado para observar o espectro de qualquer luz, chamado Cosmic Origins Spectrograph, a ser instalado por astronautas no Hubble neste ano, vai ajudar na busca de matéria normal não-detectada.
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