segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Senso de Doença - Reconhecendo aquilo que o leva para onde você não quer ir


 
O instinto físico faz uso do medo para evitar perigos.
O mesmo faz o instinto emocional por meio da descon­fiança para evitar perigos afetivos, e também a intelectualidade pela percepção de que há confusão ou incoerência.
A espi­ritualidade, por sua vez, reconhece o perigo por um outro cri­tério, que é a percepção de “nâo estarmos indo para onde queremos ir”.
A ignorância espiritual deseja sempre colocar o perigo nas tentações externas, satânicas, como vimos antes na questao do exorcismo.
O único “mal” externo é inevitável e, portanto, fora de nossas preocupações.
O perigo real reside em uma tra­ma orquestrada por nós mesmos.
São as vozes internas que nos tentam e que nos impedem de seguirmos o curso que realmente desejamos trilhar.
Não há outra bússola além da percepção de que estamos indo para onde não queremos. Há mapas, como as Escrituras ou ensinamentos, mas você tem de saber o lugar em que você está, para onde quer ir e como chegar pelo caminho com menos obstáculos.
Em outras pala­vras, não há manual.
Mesmo os mapas devem constantemente ser revisados, para dar conta de mudanças ocorridas ao lon­go do tempo.
No texto bíblico, quando Moisés pergunta a Deus qual o seu nome, ouve a resposta de que ele é “Serei o que Serei”.
Essa estranha forma de definir-se ou nomear-se dá parâmetros para entender que Deus é a força absoluta que consegue, em sua integridade, Ser o que se propõe a ser.
Tudo e todos os demais conseguem ser apenas parcialmente o que verdadeiramente se propõem a ser.
Somos levados para onde não queremos ir, e talvez, esta seja a definição do Impulso ao Mal que aparece na literatura da Cabalá, como uma espécie de manifestação satânica dentro de nós.
Essa trapaça interna com a qual vitimamos a nós próprios exige que saibamos, cada um de nós, o nosso estilo de auto-ilusão.
 
A Ética dos Ancestrais (2:6) aponta diferentes distúrbios que incidem sobre a espiritualidade e sua origem, na seguinte cita­ção:
“O abrutalhado não pode ser temente; o acomodado não pode ser piedoso; o envergonhado não pode aprender e o impa­ciente não pode ensinar.”
De acordo com esse ensinamento, a insensibilidade, a aco­modação, a vergonha e a impaciência são comportamentos que nos tornam espiritualmente doentes.
Não há problema huma­no que não possa ser decomposto em componentes destes quatro fatores.
São sintomas que possibilitam diagnósticos e prog­nósticos.
O refinamento, primeiramente, é que nos permite supor­tar as contradições.
Por meio dele, aprendemos a não genera­lizar e a apreciar a diversidade e a surpresa.
O abrutalhado vê preto-no-branco e se torna daltônico à vida.
Em preto-e-bran­co, todas as contradições são incoerências ou erros.
Sem a per­cepção de nuanças, o único senso que faz sentido é a descren­ça e o cinismo.
Acomodar-se é um comportamento que busca evitar o con­fronto com as próprias limitações.
Como a maior de todas as limitações é a morte, o acomodado é alguém que, por tanto temer a morte, fez acampamento na vida, um sem-terra agarra­do à terra.
Ou um sem-vida agarrado à vida, o acomodado se torna insensível a toda fraqueza e limitação.
Sem compreender nossa pequenez e nossas próprias dificuldades, não consegui­mos olhar o outro como um igual e desenvolver compaixão.
Essa falta de compaixão acaba por instaurar a malignidade da falta de responsabilidade. Como a própria palavra diz, trata-se da habilidade de ser responsivo.
Responder à vida e responder ao outro só é possível quando respondemos a nós mesmos. A indiferença à violência e à miséria do outro são decorrência de nossa estagnação e acomodação espiritual.
A vergonha, por sua vez, não nos permite crescer.
A vergo­nha pode ser um sentimento positivo, quando aplicado a nosso comportamento, mas não à nossa pessoa.
Ter vergonha do que fiz é muito diferente de ter vergonha de quem sou.
Só não faz perguntas e não se expõe aquele que desenvolveu vergonha de si.
E nada é mais importante para a inteligência espiritual do que reconhecer que não somos o que fizemos, somos o que fazemos.
O passado pode ser julgado por outros, mas temos constantemente a oportunidade de mudar a cada momento da vida. Há sempre uma maneira de não se sentir vergonha de si em um dado momento, muitas vezes pela própria capacidade de sentir vergonha do que se fez.
O que estamos dizendo é que a vergonha não nos permite a presença, ela sempre nos remete a um passado que nos acusa.
A vergonha não permite ao presente dispor de sua mais importante característica ser solvente (transformador) do passado.
A dificuldade do envergonhado em aprender não se deve apenas à incapacidade de fazer perguntas.
Como ele está sempre preocupado com pendências passadas, não consegue estar presente, que é a condição fundamental para aprender.
 
Certa vez, Reb Pinchas comentou: “Estamos sendo sempre, constan­temente, ensinados pela vida. E por que, então, temos tanta dificuldade em aprender? Por que ela ensina, mas não repete!”
O envergonhado deixa escapar inúmeras oportunidades de vida, pelo simples fato de se esconder, em vez de fazer-se pre­sente.
Por último, a impaciência revela uma compreensão errada da vida.
Essa compreensão se baseia na idéia de que há sempre algo mais interessante e gratificante no que está por vir.
O de­pois é sempre mais importante que o agora.
Conta-se que per­guntaram a um discípulo do Rav  Kotzk o que era mais importante para seu mestre.
O discípulo respondeu: “O mais importante para ele era aquilo que estivesse fazendo no mo­mento”.
Nem mesmo podemos imaginar o impacto na qualidade de nossas vidas, se pudéssemos fazer daquilo que estamos fazendo a coisa mais importante.
O prazer vivido e a qualidade de tudo o que fizéssemos bastariam para nos tornar felizes.
O impacien­te de todos nós não sabe que a felicidade mais plena é simples­mente conseguir perceber que aquilo que estamos fazendo, em todos os momentos, é a coisa mais importante.
Esses sintomas muitas vezes se manifestam em conjunto.
Pare para pensar quantas pessoas você conhece que são insensí­veis e que em alguma medida são também acomodadas, enver­gonhadas ou impacientes.
 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Metafisica da Saúde

Sistema Articular e Ósseo
 
- Coluna Vertebral: Postura de vida. Fundamentação interior e auto referência.
A coluna vertebral é considerada uma obra de engenharia que sustenta o corpo, possibilitando a realização dos mais diversos movimentos.
É um eixo corporal constituído por um conjunto de ossos ou vértebras, arranjados de maneira funcional, uns sobre os outros.
São ao todo trinta e três vértebras.
Anatomicamente, a coluna é dividida em cinco regiões: cervical, toráxica, lombar, sacro e cóccix.
As vértebras ligam-se entre si pelos discos de cartilagem, que amortecem o impacto causado pela caminhada, corrida ou mesmo pelos saltos.
No interior das vértebras cervicais, torácicas e lombares existem canais por onde passa a medula espinhal. Essa nobre parte do corpo humano (o sistema nervoso central) fica protegida pelo revestimento ósseo das vértebras.
Além dessa função, elas servem de apoio para as outras partes do esqueleto.
A disposição anatômica permite ao homem ficar em pé e caminhar, usando somente as pernas (postura bípede).
Segundo Freud, a postura ereta simboliza um fato marcante na espécie humana, distinguindo o homem dos animais, possibilitando a ele, organizar a cultura.
Para Freud, humanizar-se é sair da condição instintiva.
O fato de o homem ter-se levantado do chão e adotado uma postura ereta fez com que houvesse uma desvalorização dos estímulos olfativos e a predominância dos estímulos visuais.
A exposição dos órgãos genitais na postura bípede gerou vergonha e constrangimento.
Esses sentimentos provocaram o desvio dos objetivos sexuais, transformando esse instinto, que antes era puramente tempestuoso, em impulsos inibidos.
Assim sendo, os impulsos que antes eram somente genitais, tornaram-se sentimentos constantes e afetuosos, possibilitando ao homem constituir novas famílias.
A inibição dos impulsos genitais promove as relações amistosas entre as pessoas, estabelecendo os laços de amizade.
A civilização impõe restrições à sexualidade.
Com isso, absorve grande parte da energia do homem, que é canalizada, por exemplo, para as tarefas cotidianas e para as relações interpessoais.
Ao levantar, o homem modificou seus impulsos, podendo dirigi-los para outras áreas da vida. Os impulsos deixam de ter uma manifestação puramente instintiva e passam a dar significado às situações existenciais.
Essas especulações teóricas de Freud, do desvio das forças instintivas do homem, por causa da postura ereta, contribuem para fundamentar a concepção metafísica da coluna.
Essa parte do corpo, metafisicamente, representa um eixo de sustentação interior, permitindo que a pessoa direcione suas forças às situações ao redor.
A postura ereta permite encarar os acontecimentos frente-a-frente, proporcionando sentimentos de igualdade perante os outros.
Nessa posição, obtém-se a sensação de confiança e altivez para lidar com as adversidades da vida.
Favorece o melhor uso da própria força, ampliando a chance de ser bem-sucedido na realização dos objetivos.
Sentir-se bem consigo mesmo é fundamentalmente importante para a constituição da postura da pessoa diante das ocorrências do ambiente. Assim sendo, volta a si, antes de se expor ou de lidar com as situações difíceis, aumenta a firmeza interior, evita recorrer imediatamente aos outros, na busca de apoio e segurança.
Praticamente, todos possuem faculdades internas e/ou experiências suficientes para dar conta dos seus desafios.
No entanto, quando as pessoas se encontram diante dos obstáculos, muitas recorrem aos outros em busca de opiniões para sentirem-se seguras antes de agirem. Esse hábito de buscar referências externas torna-se praticamente um vício. Geralmente dá-se mais atenção aos palpites dos outros do que às suas próprias sensações. Esse comportamento enfraquece a pessoa, prejudicando o auto apoio.
Para se fortalecer interiormente, procure dar conta das suas próprias incumbências, dedicando-se a solucionar os seus problemas, sem ficar na dependência dos outros nem à mercê da sorte.
Proporcione a si mesmo aquilo que você esperava de fora ou dos outros.
Seja independente e livre para agir nas mais variadas situações.
 
- Postura Corporal: Posicionar-se favorável a si mesmo.
A postura corporal revela o estado interior.
A posição do corpo é uma manifestação dos sentimentos.
Existem algumas posturas que demonstram certas condições emocionais, predominantes na constituição interior. Ao mesmo tempo em que a posição do corpo revela esse universo emocional, ela também interfere nele, podendo alterar certos estados desagradáveis.
À medida que estamos nos sentindo de uma determinada forma, posicionamo-nos de maneira condizente. No entanto, podemos interferir a qualquer momento nesse estado emocional, mudando a posição do corpo. As alterações posturais influenciam nas emoções.
Pode-se dizer que a posição do corpo, tanto reflete o que sentimos, quanto representa um caminho para o mundo interior, promovendo alterações emocionais.
A postura ereta é um reflexo do bom posicionamento da pessoa perante o meio em que atua. Representa a vontade de interagir com os outros, numa condição de igualdade. Reflete a dignidade para consigo mesma e respeito aos outros.
E ainda, coragem e determinação são importantes atributos desta postura.
Ela reflete a segurança e integridade diante dos desafios.
Quando a pessoa é sua própria aliada e permanece ao seu lado, sente-se em condições de corresponder às exigências do meio.
Postura extremamente ereta, com peito estufado para fora e cabeça inclinada para cima, reflete necessidade de aprovação dos outros; compensação da fragilidade interior e autoafirmação.
O exagero na postura reflete um sentimento oposto àquele que o corpo apresenta. Em vez de altivez, conforme o corpo demonstra, o sentimento é de inferioridade.
As pessoas que se comportam dessa maneira não admitem errar.
Elas tem dificuldades para admitir certas verdades apresentadas pelos outros, principalmente quando se opõem às suas próprias concepções de vida.
Não voltam atrás nas decisões tomadas; resistem em abrir mão daquilo que escolheram.
Para melhorar essa postura, faz-se necessário nivelar o sentimento com o comportamento.
Melhor dizendo, abaixar um pouco a “crista” e promover a autoestima.
Postura arcada ou inclinada para frente e para baixo, demonstra inferioridade, falta de coragem e determinação diante dos obstáculos.
Essa posição corporal reflete um sentimento de desigualdade perante os outros.
A pessoa não se sente suficientemente boa para dar conta dos desafios impostos pela vida.
Ao mesmo tempo em que se põe numa condição inferior, seu corpo se inclina para baixo, demonstrando a dificuldade para impor seu ponto de vista ou executar as tarefas escolhidas.
Reprime-se facilmente, negando sua força de ação.
Sente-se desprovida de recursos internos e sem condições externas, apropriadas para ser bem-sucedida nas suas ações.
Mudar a postura e ficar com a cabeça erguida e peito para fora promove uma sensação de igualdade em relação às pessoas em volta, favorecendo a integração com a realidade.
Ao adotar essa nova atitude, por meio da posição do corpo, isso contribui para melhorar o estado emocional e promover sensações agradáveis perante os outros.
 
- Região Cervical e Pescoço: Interação do pensamento com os acontecimentos. Preservação dos próprios pontos de vista.
O formato das vértebras cervicais permite os movimentos para cima e para baixo e a rotação da cabeça.
Essa região cervical desempenha a função de sustentar e girar o crânio, expandindo a visão por mais de 180 graus.
O significado metafísico dessa parte do corpo é o discernimento entre os pensamentos e aquilo que se passa em volta.
Isso permite que estabeleçamos uma relação amistosa com o ambiente, sem negar os nossos pontos de vistas, tampouco perder o contato com a realidade externa.
Ponderação e comedimentos são atributos metafísicos relacionados à região cervical: agir sem precipitação; saber esperar os momentos propícios para por em prática as suas decisões, sem ansiedade; confiar nas suas próprias escolhas, a ponto de manter-se seguro, sem depender dos bons resultados, tampouco do aval dos outros.
Nem sempre é possível por em prática as nossas decisões.
Ou ainda, os resultados de nossas ações podem não ser promissores.
O mais importante é não perder a confiança no poder de escolha e na capacidade de tomar decisão.
Dentre as atitudes nocivas para a região cervical, destacam-se: buscar referências no passado para preservar alguns pensamentos incabíveis no presente; imaginar ansiosamente as possibilidades futuras, tirando o foco do presente; ou mesmo, negar os fatos, para não ter de alterar a maneira de pensar; não ter flexibilidade para acatar as novas verdades. Essas são as principais atitudes geradoras de conflito que poderão afetar a região cervical da coluna.
Ser inflexível em relação ao que se pensa, dificulta o aprendizado e a amplitude da consciência.
As nossas concepções mentais devem ser comparadas aos acontecimentos exteriores e alguns pontos podem ser alterados, enquanto outros são reforçados. Isso não implica perda de identidade nem falta de fidedignidade a si mesmo.
Ao contrário, essa interação com o mundo aprimora o universo mental, ampliando a visão de mundo.
Aprende-se muito quando se permite olhar em torno e admitir a existência dos fatos.
 
- Dor no Pescoço: Difícil aceitação da realidade.
É comum a presença de dor na região do pescoço, causada pelo estresse e depressão.
Esses estados emocionais refletem-se nos músculos acima dos ombros, causando contrações contínuas. A contratura muscular da cervical pode provocar dor de cabeça, que pode ser acompanhada de tonturas e zumbidos no ouvido.
As causas mais comuns das dores no pescoço são: comprometimento das vértebras, causado por processos de artrose; comprometimentos articulares, que diminuem ou dificultam os movimentos; posturas e inflamações.
Nos casos de hérnia de disco na cervical, a raiz do nervo é pressionada, irradiando a dor para o membro correspondente.
Dentre os problemas mais graves que afetam o pescoço destacam-se os traumas provocados por acidentes, geralmente de automóveis, nas colisões de frente.
A cabeça é projetada à frente com alta velocidade, em seguida, volta bruscamente. Chamado de “chicote”, esse impacto pode ser fatal ou deixar sequelas graves.
O uso do cinto de segurança diminui o impacto, provocando apenas uma distensão muscular.
 
Um dos fatores metafísicos das dores no pescoço é a pessoa não saber lidar com as frustrações, geradas pela impossibilidade de constituir na realidade externa o que criou internamente.
O universo racional é muito ativo nas pessoas que sofrem desses ataques súbitos de dores.
Elas constituem modelos mentais bem definidos e fazem muitas expectativas sobre as situações ao redor. Tornam-se rígidas para consigo mesmas, consequentemente, exigentes com aqueles que as cercam.
Um comportamento muito frequente nas pessoas que sofrem de dores no pescoço é o de assumir responsabilidade demasiada sobre o que acontece ao seu redor. Essa condição metafísica está relacionada a um problema específico dessa região: o torcicolo.
Elas permanecem ligadas a tudo o que se passa, não conseguem desligar-se dos acontecimentos, tampouco se despreocupar. Estão sempre pensando no que pode acontecer e como evitar as ocorrências desagradáveis.
Geralmente, suas hipóteses são ruins.
Costumam imaginar o pior, aumentando o grau de preocupação e ansiedade acerca das condições externas.
São pessoas centralizadoras, que adotam uma posição estratégica e querem dar conta de tudo. Com isso, preocupam-se demasiadamente com o andamento das coisas. Dedicam-se ao meio para garantir o melhor resultado.
Quando algo sai errado, culpam-se pelos insucessos, que, às vezes, são dos outros e não propriamente seu.
Também são muito relutantes para acatar o novo, não sabem lidar com as situações inusitadas. Preferem que tudo aconteça conforme o previsto, assim conseguem manter certo controle sobre os fatos, evitando as surpresas desagradáveis.
Quando algo foge ao estabelecido, a pessoa se abala e vivencia intensos conflitos emocionais.
Para reverter esses padrões, metafisicamente nocivos para o pescoço, desenvolva a habilidade de interagir com o meio de maneira mais sensorial ou afetiva.
Seja menos racional.
Não premedite os acontecimentos, tampouco programe todos os seus passos nem o dos outros. Caso os resultados não sejam exatamente como o previsto, saiba lidar com as adversidades, sem se frustrar ou ser relutante.
Renda-se aos mecanismos existentes e aceite o sincronismo dos acontecimentos. Mesmo que os fatos sejam alheios aos seus anseios, existe algo de valioso nas diferenças; aprenda a admirar as diversidades.
Seja menos premeditado e mais espontâneo.
Aprenda a delegar aos outros e confiar neles.
Isso reduz suas preocupações, minimiza o estresse e evita os males do pescoço, colaborando para o alívio das dores dessa região.
 
- Torácica: Liberdade de ser e capacidade de assumir-se.
A região torácica também é chamada dorsal.
Ela é composta de doze vértebras.
A sua capacidade de movimento é menor, se comparada às regiões cervical e lombar.
As vértebras torácicas são as que apresentam maior consistência; a probabilidade de elas se desgastarem é menor, pois, nessa região estão inseridas as costelas.
Metafisicamente, a região torácica é o ponto central do eixo de sustentação interior. Refere-se à base do apoio em si mesmo.
Para lidar bem com os acontecimentos externos, são necessárias boas estruturas de personalidade, estabilidade emocional e elevada autoestima.
A falta desses atributos dificulta o bom relacionamento com o medo.
Permanecer centrado em si mesmo, saber definir o que diz respeito a si e o que é pertinente aos outros, são aspectos metafísicos essencialmente importantes na preservação da saúde torácica.
Nessa parte da coluna se estabelece o principal eixo de sustentação interior. Equivale às raízes emocionais ou bases afetivas, que foram constituídas ao longo da trajetória de vida.
Uma boa condição emocional é resultante da ampla experiência, angariada, principalmente, por meio dos relacionamentos interpessoais.
Em linha gerais, interpretam-se as costas ligadas ao passado.
Essa interpretação aplica-se mais à região torácica.
Nossas ações presentes são calcadas nos conteúdos emocionais, cuja bagagem trazemos das relações vivenciadas no passado.
Os parâmetros atuais são fundamentados no aprendizado adquirido pelos vínculos estabelecidos outrora. Pode-se dizer que as relações vivenciadas norteiam a nossa manifestação presente.
No entanto, não podemos ficar apegados a esses envolvimentos e deixar de fluir pela vida, estabelecendo novas oportunidades afetivas.
Permanecer preso ao passado e não se libertar para viver intensamente o presente, compromete o contato com o novo e dificulta a aquisição de novas experiências.
A vida familiar representa uma das principais bases emocionais.
Por meio de uma boa convivência com os entes queridos, sentimo-nos fortalecidos para seguir uma trajetória de novas relações.
A integridade evita que nos subjuguemos aos meros caprichos daqueles com quem nos envolvemos, evitando estabelecer relações de dependência.
A comunhão fraterna do lar não pode ser fonte de apego a ponto de impedir que os membros da família estabeleçam novas relações e constituam novas famílias ou simplesmente experimentem outros envolvimentos.
Consideração e respeito para com os entes queridos não significam obrigação e dependência, tampouco, renúncia à felicidade.
Não devemos transformar nossos vínculos fraternos em emaranhados neuróticos, que nos aprisionam à família.
Os atributos positivos do convívio são reproduzidos nas novas relações, proporcionando bases internas suficientemente boas para a formação de vínculos afetivos saudáveis, favorecendo a constituição de bons vínculos amorosos.
 

A Metafisica da Saúde

Sistema nervoso
 
- Trigêmeo: A identidade pessoal diante do grupo social.
O trigêmeo pertence ao grupo dos nervos cranianos.
É um nervo misto, possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora.
Inerva a parte inferior da face, boca, dentes e os músculos da mastigação.
É assim denominado por causa dos três ramos que são derivados dele: o nervo oftálmico (que conduz os estímulos visuais dos olhos para o encéfalo), o nervo maxilar e o nervo mandibular.
Na metafísica, o nervo trigêmeo está relacionado a nossa auto definição, ou seja, à maneira como nos constituímos socialmente.
A identidade do grupo a que pertencemos condiz com o nosso jeito de ser.
Os valores familiares, as condições socioeconômicas e as crenças religiosas estão arraigadas em nós, definindo nosso estilo de vida e nosso comportamento.
Quando de alguma forma, o modelo do grupo a que pertencemos é abalado, isso compromete a nossa desenvoltura diante do próprio grupo e também da sociedade em geral.
Os acontecimentos que denigrem o estilo de vida que adotamos, poderão nos abalar interiormente, provocando uma crise de identidade.
A maneira como reagimos a esses acontecimentos, vai, metafisicamente, definir as condições do nervo trigêmeo.
Basicamente, existem três tipos de reações que são consideradas as principais formas de condutas diante dos conflitos de identidade: a primeira é a exteriorização, a segunda é a elaboração interna e a terceira é a repressão, esta última equivale à causa metafísica da nevralgia do trigêmeo.
1– Externar o conflito é uma maneira, segundo a metafísica da saúde, de poupar o nervo trigêmeo; no entanto, pode suscitar confusão com as pessoas ao redor.
O empenho para defender os valores culturais leva à exposição pública a favor daquilo em que se acredita.
Os movimentos em defesa dos padrões, sejam eles de origem social, política ou religiosa, muitas vezes são causadores de revoluções e até de guerras.
Um exemplo de exteriorização são os conflitos religiosos.
Quando surgem revelações “bombásticas” a respeito de uma determinada religião, as pessoas que pertencem àquele segmento, principalmente, os ícones religiosos, tendem a se mobilizar para preservar os seus princípios. Eles vão à mídia defender o que acreditam ou se expõem perante os fiéis para fortalecer a crença dos seguidores, evitando que os boatos abalem a fé própria e do grupo.
O mesmo ocorre com a discriminação a determinado grupo.
As pessoas afetadas pelo preconceito, imediatamente se manifestam em defesa dos seus direitos. Lutam para preservar seu espaço social, sem terem de se moldar aos costumes considerados socialmente corretos.
A rebeldia, por exemplo, é uma reação característica dessa conduta.
Ela é comum nos jovens, mas pode ocorrer em qualquer idade.
Trata-se de um inconformismo com as regras vigentes, que se manifesta em forma de oposição veemente aos valores sociais ou familiares.
Quanto mais violenta a resposta da pessoa, mais envolvida ela se encontra com os alvos de seu ataque.
A voracidade com que ela ataca a família ou a sociedade, tem como objetivo destruir os conteúdos profundamente arraigados em si mesma.
Pode-se dizer que a rebeldia é uma tentativa de destruir nos outros o que está incutido nela própria.
2– A elaboração é a segunda maneira de gerenciar os conflitos de identidade.
Nesse caso não há a negação nem o repúdio às situações conflituosas provenientes do meio exterior.
A pessoa respeita os diferentes pontos de vista alheios. Não discute valores; considera o direito de cada um ter suas próprias crenças e pertencer a determinado grupo. Vê na diversidade, a riqueza do processo e o equilíbrio das forças sociais.
Caso todos comungassem as mesmas verdades, haveria somente uma classe dominante, que impediria qualquer outro estilo de vida.
O predomínio de um grupo social, político ou religioso não permitiria a existência de outras versões; todos teriam de se adequar às verdades vigentes. Não teria espaço na sociedade para as pessoas viverem de acordo ao que elas são adeptas.
Exigimos respeito, mas também criticamos algumas posturas alheias ou certos procedimentos de outros grupos; essa atitude atrai críticas à nossa maneira de ser. O respeito às diferenças deve partir de nós, para depois exigirmos que os outros nos aceitem.
O conflito de ideias também pode promover a mudança de valores e a constituição de novas crenças. O contato entre as diferenças oferece recursos para o aprimoramento pessoal.
Para tanto, faz-se necessário uma atitude reflexiva, sem descartar prontamente aquilo que se opõe às suas crenças.
Portanto, a elaboração dos conflitos gerados pelos choques culturais, religiosos, etc., pode promover tanto o respeito, quanto as mudanças interiores.
Ponderar as ocorrências que divergem daquilo que você acredita, representa uma maneira inteligente e saudável de relação entre o mundo interno e o meio externo.
Pode-se dizer que tudo vai acrescentar experiência, se houver aceitação, respeito a si e aos outros.
Na condição de aprendizes, todos os acontecimentos, sejam eles bons ou ruins, contribuem para o nosso aprimoramento interior.
3– A terceira reação diante das críticas que abalam a nossa identidade é reprimir os impulsos, embutir o conflito para evitar confrontos de ideias. Caso essa contenção da impetuosidade seja acompanhada de boa elaboração interior, evitamos a discórdia e preservamos nossa saúde emocional e física.
Mas na maioria das vezes evitamos o conflito com os outros, e não conseguimos minimizar a confusão interior; com isso, ferimos a nós mesmos.
A autoagressão, decorrente da repressão da turbulência emocional, afeta o nervo trigêmeo, podendo desencadear crises de nevralgia do trigêmeo.
 
- Nevralgia do Trigêmeo: Conflitos de identidade.
Nevralgia, também descrita como neuralgia, consiste em uma dor forte, geralmente suportável, que ocorre na extensão de um nervo craniano ou espinhal.
Nevralgia do trigêmeo é uma síndrome caracterizada por dor intensa, que dura alguns segundos ou mais.
A dor irradia pelo rosto, atingindo os lábios, as bochechas, etc.
O movimento de mascar pode precipitar o sintoma.
A reprovação do que acreditamos, principalmente quando provenientes de pessoas influentes no meio, pode nos abalar a ponto de gerar profundos questionamentos sobre as verdades que regeram nossa vida.
A importância atribuída a certas pessoas ou situações passa por um novo crivo de seleção.
Avaliamos se o elevado grau de consideração por alguém ou a certas condutas realmente merece nosso apreço.
Esses conflitos existenciais abalam nossas crenças.
Geralmente, eles vêm seguidos de turbulências emocionais que, por sua vez, não são nem externadas, tampouco minimizadas, corroendo a nossa autoimagem.
Essa transformação ocorre de forma dolorida.
É como se as críticas penetrassem em nosso ser como lâminas cortantes, que arrancam as nossas verdades.
Enquanto ainda não concebemos novos valores, resta-nos a dor da perda do referencial de vida, que regeu nossas condutas.
Esses ferimentos emocionais não são externados.
Sujeitamo-nos às críticas, sem revidar aos ataques.
Demonstramos uma conduta aparentemente forte, mas no íntimo estamos abalados.
Nossos sofrimentos não são sequer compartilhados com aqueles que nos cercam. Sofremos calados.
Isso aumenta ainda mais as nossas angústias, pois quando manifestamos as fraquezas, suavizamos os reflexos que, metafisicamente poderiam afetar o corpo.
Geralmente, as mudanças de crenças vêm acompanhadas de crises externas e também interiores. Somos acometidos por ocorrências “bombásticas”, que tiram o nosso chão.
De um momento para o outro somos surpreendidos por uma reviravolta no curso existencial, que nos lança para outras concepções de mundo, que jamais suporíamos.
De repente, o conforto que as nossas crenças proporcionava é perdido.
Sentimo-nos à mercê de alguns absurdos, ou seja, de possibilidades que jamais imaginávamos. Mas em virtude dos acontecimentos, passamos a ponderar e não mais repudiamos os conceitos que outrora afrontavam nossas “verdades”.
Afinal, é mais fácil denegrir quem pratica um erro do que rever nossas crenças. Dificilmente nos propomos a refletir sobre aquilo que concebemos como verdadeiro. Mesmo diante dos eventos desastrosos, envolvendo um integrante do grupo religioso ou familiar, não revemos nossos valores. Insistimos em preservar as velhas crenças para não vivenciar uma crise de identidade.
Quando as nossas concepções se encontram ameaçadas pelos acontecimentos conflituosos, reprimimos a impulsividade. Esboçamos uma aparente indiferença e não compartilhamos com ninguém as nossas angústias. Para dar conta desse sofrimento, deslocamos as forças geradas pelo conflito para o corpo.
A transferência das aflições para o corpo minimiza a carga emocional desses sentimentos, tornando-os suportáveis.
Desse modo, conseguimos acomodar as inquietações interiores.
Ao fazer a passagem desse tipo de sofrimento, do campo das emoções para a esfera orgânica, o nervo trigêmeo é a área de choque do corpo que recebe essa bagagem afetiva.
A intensa dor desse nervo, metafisicamente, é o reflexo desse tipo de amargura.
Portanto, para não sofrer no físico aquilo que você não dá conta de suportar no seu ser, procure manifestar suas amarguras. Permita-se lamentar seus infortúnios, expondo suas dores.
Não queira poupar os outros e com isso se estraçalhar interiormente.
Em vez de negar o sofrimento, tentando esquecê-lo, procure resolver os seus desgostos no consciente. Quando você não der conta das suas angústias, compartilhe-as, dividindo o seu abalo com os outros, sem fugir dos confrontos. Mesmo que isso provoque conflito nas relações interpessoais, evite a agressão para consigo mesmo.
Aceite suas fragilidades emocionais; respeite seus limites. Não pense que essa conduta o torna fraco; ao contrário, demonstra um gesto de fortalecimento interior, conquistado pelo reconhecimento das condições internas.
Por outro lado, mostrar-se forte perante os outros muitas vezes o desgasta, a ponto de enfraquecê-lo. Principalmente quando a demonstração de força for acompanhada da negação das suas angústias.
Procure ser autêntico consigo mesmo e com os outros.
Por mais dolorido que seja um acontecimento, tente dar conta dele; se não conseguir, procure alguém de confiança para conter um problema, por causa da sua gravidade, não resista em se expor, manifestando sua indignação para com os eventos exteriores. Isso vai poupá-lo da dor emocional ou física.
 
- Nervo Ciático: Contato com a realidade e perspectivas de futuro.
É o maior nervo do corpo.
Pertence ao grupo dos nervos cranianos.
Origina-se nas regiões lombar e sacral da coluna vertebral. Percorre a região detrás das pernas, inervando as extremidades inferiores das pernas até os pés.
 
O conceito metafísico do nervo ciático se refere à maneira como estabelecemos contato com a realidade.
A forma como nos relacionamos com os eventos exteriores, em especial àqueles que compõem o nosso dia-a-dia.
A realidade equivale àquilo que é estável no cotidiano; diz respeito às condições de vida que nos cercam a maior parte do tempo, tais como a casa em que moramos, as pessoas com quem convivemos diariamente, tanto os entes queridos, como os colegas de trabalho; as condições profissionais e econômicas.
Tudo isso faz parte da nossa vida.
Não se trata do que é meramente real, tangível e percebido com os órgãos dos sentidos.
Aquilo que vemos, ouvimos, etc., equivale à interação com o mundo real.
São situações passageiras, vivenciadas em algumas ocasiões, como viajar a um local agradável, visitar outras pessoas, encontrar os amigos e outros eventos ocasionais e momentâneos. Apesar de eles serem eventos reais, não podem ser considerados como realidade de vida; pois não interagimos frequentemente com eles.
O contexto metafísico do nervo ciático condiz com a interação com as circunstâncias permanentes.
As condições de vida que temos, o que usufruímos no meio; tanto os privilégios, quanto os desafios cotidianos, que fazem parte da nossa existência.
A realidade equivale à própria vida, pois estamos tão envolvidos com ela, que concebemos a existência vinculada aos fatos que nos circundam.
Quando as ocorrências são agradáveis, sentimo-nos recompensados, mas quando enfrentamos grandes obstáculos, costumamos dizer que a vida é difícil.
Os abalos emocionais que sofremos ao lidar com os eventos exteriores podem comprometer o sentido da vida.
Diante dos problemas cotidianos podemos perder o interesse pelo que nos cerca.
As interferências prejudiciais ao meio e as perdas materiais ou afetivas podem desencadear profundo desânimo.
Essas condições internas podem causar problemas ciáticos.
Além da realidade presente, o nervo ciático, metafisicamente, equivale às perspectivas de futuro.
Elas são projetadas com base nas ocorrências momentâneas.
A maneira como encaramos o desenvolvimento dos fatos e sentimos as possibilidades vindouras refletem nas condições ciáticas.
As preocupações demasiadas com o amanhã representam falta de fé em si mesmo e na vida. As pessoas que precisam de algo sólido para se sentirem seguras, não confiam suficientemente em si mesmas, nem no Universo.
As forças sutis que organizam as conjunturas, conspiram a favor de quem cultiva sentimentos promissores. Isso se manifesta em forma de oportunidades, que, se forem bem aproveitadas, promovem significativas mudanças no curso da vida.
Quem confia nos recursos internos, tais como a força criativa e a capacidade realizadora, não se abala diante das perspectivas desfavoráveis de futuro.
Aquele que acredita nas forças interiores, afugenta os receios de que algo ruim possa acontecer.
Sente-se capaz de driblar os obstáculos que supostamente ocorrerão no curso da vida.
 
- Dor Ciática: Dramatizar o futuro com base nos incidentes atuais.
A dor ciática irradia das costas, passa pelas nádegas e estende-se pela lateral das pernas, atingindo a região inferior delas e dos pés.
 
Na esfera metafísica, esse sintoma reflete o abalo da pessoa em relação à ocorrências ruins; principalmente, em se tratando da família ou do trabalho.
Revela a proporção dos “ferimentos” emocionais, causados pelos eventos desagradáveis do cotidiano.
Os problemas absorvem-na a ponto de não conseguir fluir bem nas outras atividades. Dedica-se obsessivamente aos acontecimentos perturbadores, a tal ponto que contamina os demais setores da vida.
A pessoa fica tão mal, que não consegue desempenhar bem as outras tarefas.
Essa atitude contamina também suas perspectivas futuras.
As dificuldades atuais repercutem negativamente na concepção do amanhã.
A pessoa passa a temer o futuro em virtude das instabilidades momentâneas. Certos acontecimentos afetam o conceito acerca do destino, tais como desentendimentos afetivos, complicações com filhos; principalmente a falta de dinheiro.
Quando a pessoa tem a estabilidade financeira ela considera o amanhã promissor. Sente-se mais segura por ter recursos econômicos para suprir ou minimizar uma série de eventualidades. Mas a falta de condições materiais tende a causar inseguranças em relação ao futuro.
Para manter a estabilidade emocional nos momentos de turbulências existenciais, não convém fazer previsões.
As expectativas são influenciadas pelas confusões.
Olhar para o futuro, projetando os elementos ruins da atualidade, gera instabilidade e/ou temor. Isso piora ainda mais os desconfortos provocados pelas complicações atuais. Imaginar o aumento dos transtornos multiplica o sofrimento.
No transcorrer dos acontecimentos podem acontecer coisas que alteram o reflexo das situações atuais, principalmente se mudarmos o padrão vibracional e passarmos a conceber possibilidades melhores para o amanhã.
Devemos confiar nos mecanismos existenciais.
A qualquer momento, podemos ser surpreendidos com ocorrências positivas que redirecionam o curso da vida.
Quando parece que tudo se encaminha para um desfecho impossível de administrar, eventos inesperados podem mudar completamente as condições do meio.
Existem eventos que provocam verdadeiras revoluções na vida das pessoas.
Podem ser tanto ocorrências boas como ruins, tais como o surgimento de uma pessoa especial; a separação de alguém, que de certa forma dificultava a convivência; até a morte de um integrante da família, ocasionando completa reviravolta no ambiente.
As ocorrências presentes, por mais desastrosas que pareçam, não definem as condições vindouras.
Creia no sincronismo do Universo, que pode trazer soluções, mudando completamente o curso da sua história.
Para que isso possa acontecer, não dramatize os problemas.
Inverta a maneira de olhar para o amanhã.
Imagine a possibilidade de você estar a um passo da solução daquilo que o aflige no presente.
Acredite num futuro promissor e numa vida farta, abundante.
Isso poderá se tornar real, se você acreditar e agir para transformar a realidade.
 

A Metafisica da Saúde

Sistema nervoso
 
- Nervos: Intercâmbio entre o ser e a vida.
O sistema nervoso periférico é constituído por nervos, gânglios e terminações nervosas.
Os nervos são espécies de cordões esbranquiçados, que tem as funções tanto de levar estímulos do Sistema Nervoso Central para o corpo, quanto de trazer os impulsos nervosos dos músculos e órgãos ao Sistema Nervoso Central.
Eles distinguem-se em dois grupos: os cranianos e os espinhais.
Os nervos cranianos são formados por doze pares e estão localizados na região da cabeça e no interior da caixa craniana.
Uma parte deles inerva a face; os olhos, possibilitando a visão e os movimentos do globo ocular; o nariz, sendo responsável pela sensibilidade olfativa, que identifica os aromas.
O maxilar, a mandíbula, os dentes, etc.; são inervados por um nervo chamado trigêmeo.
Outra parte faz a conexão diretamente com o encéfalo (núcleo do Sistema Nervoso Central), executando o trânsito de informações entre algumas estruturas do próprio Sistema Nervoso Central.
Os nervos espinhais são formados por trinta e um pares de nervos, que fazem a conexão entre a medula espinhal (região da coluna vertebral) e as extremidades do corpo, inervando os membros, órgãos e músculos.
Dentre eles destaca-se o nervo ciático.
 
No âmbito metafísico, os nervos refletem a maneira como a pessoa se liga ao mundo e a si mesma.
Os nervos espinhais, por exemplo, equivalem ao elo com o mundo exterior e ao tipo de contato que são estabelecidos com as situações existenciais e com as pessoas que estão à volta. Esse vínculo com a realidade engloba tanto a disposição para acatar os acontecimentos, quanto a expressão das vontades ou o manejo das habilidades necessárias para alcançar os objetivos.
Eles representam uma espécie de “via de mão dupla”, por meio da qual transitam informações de dentro do corpo para fora, e do ambiente para a pessoa, promovendo a interação com a vida.
Por meio das fibras sensitivas (nervos), torna-se possível vincular-se ao meio, manifestando os conteúdos interiores.
A realidade é uma extensão da condição interna.
Os pensamentos e os sentimentos cultivados pela pessoa são transferidos para o meio externo. Pode-se dizer que o externo condiz com as condições internas. Também, aquilo que é identificado nos outros existe em si mesmo.
Na interação, tanto o ambiente é influenciado pela pessoa, como também exerce significativa influência sobre os seus sentimentos e condutas.
Para a pessoa exercer influência transformadora sobre o meio, faz-se necessário admitir os fatos, sem fugir ou negar aquilo que é desagradável.
Também é preciso conscientizar-se dos potenciais latentes no ser.
Essa ligação para consigo mesma, metafisicamente, refere-se aos nervos cranianos. Eles favorecem o contato com o mundo mental, possibilitando a autoconsciência.
A conexão com as forças interiores mobiliza os potenciais para promover interferências no meio em que se vive.
Antes de qualquer intervenção no meio exterior, faz-se necessário estabelecer a ordem mental.
Controlar os pensamentos e se concentrar; estabelecer prioridades e fazer as escolhas; isso aumenta a chance de sucesso numa determinada ação.
A organização interior, por si só, mobiliza as forças internas, que são potenciais criativos e transformadores do ambiente em que vivemos.
O desenvolvimento das nossas faculdades, basicamente se define na autoconsciência, na ordem interior polarizam as forças vivificadoras, que se deslocam para o meio externo, promovendo as transformações necessárias ao bem viver.
Pode-se dizer que realizamos no mundo aquilo que formos capazes de implantar em nós mesmos.
O princípio das modificações é interno; começa em nós e se desloca para o ambiente.
A conquista do que almejamos depende do bom uso das faculdades interiores, tais como pensar ordenadamente, acreditar em nós mesmos, sentir-nos merecedores de gozar dos privilégios que a vida oferece.
Encarar as necessidades exteriores como obrigações desestimulará a nossa participação ativa nos afazeres. As incumbências da vida tanto podem nos motivar quanto nos reprimir; isso depende da maneira como as encaramos.
A ótica desafiadora nos motiva a transpor os obstáculos.
Já a obrigatoriedade induz à auto sabotagem ou à repressão das nossas faculdades interiores.
Quando nos encontramos desanimados para exercer as tarefas cotidianas, devemos refletir acerca do significado que estamos dando àquelas práticas.
Caso não encontremos nessas situações algo que justifique a nossa indisposição, convém tentar identificar em que área da vida o nosso ser não está manifestando suas vontades e reprimindo o sentimento.
Conscientes do que estamos fazendo com nossa essência, ao camuflar os mais íntimos sentimentos, precisamos encontrar alguns meios para conciliar a execução das vontades, sem comprometer as situações que nos cercam.
O fato de vivermos contrariados por não termos sido fiéis às expressões do ser, torna o cumprimento das demandas do trabalho, algo extremamente pesaroso.
Isso pode mudar se resgatarmos a satisfação em preservar a natureza íntima e, nas ocasiões oportunas, realizarmos o que a nossa “alma” pede.
Quando as obrigações forem dosadas com as satisfações, há significativo ganho de motivação.
 
- Gânglios: Limite entre a estagnação e o sucesso.
Os gânglios tem a mesma equivalência dos núcleos dos neurônios do Sistema Nervoso Central, só que eles estão no Sistema Nervoso Periférico.
São espécies de dilatações dos nervos, também conhecidos como grupos de corpos celulares.
Na metafísica, os gânglios nervosos equivalem ao encaminhamento das vontades ou a direção e fluidez dos talentos, proporcionando os meios necessários para a realização do ser na vida.
Quando encontramos possibilidades de manifestar os potenciais ou realizar os nossos anseios, aumentamos as chances de sermos bem-sucedidos na área em que atuamos.
Além dessa condição promissora, conseguimos interiormente a satisfação pessoal.
Existem situações chaves no processo existencial.
São ocorrências decisivas que, a partir de um determinado evento, promovem o encaminhamento para o sucesso.
São eventos que podem ser bons ou ruins, mas determinam uma nova trajetória existencial. Pode ser também o surgimento de uma pessoa, seja um amigo, um sócio ou um novo amor.
Tudo isso pode representar uma espécie de “divisor de águas” entre um estilo de vida e outra configuração existencial.
Ao observar os resultados promissores obtidos no seu passado, por exemplo, você vai notar algum ponto que foi decisivo para alcançar o referido sucesso.
Sempre existem na história pessoal momentos ou situações, que apesar de muitas vezes não terem se apresentado de maneira relevante, tornaram-se extremamente significativos, como se fossem “pilares” de sustentação de uma nova vida.
Portanto, quando sua vida parece não ter um sentido maior ou uma direção que o incentive a seguir os seus ideais, quem sabe até faça uma espécie de apadrinhamento, possibilitando os meios necessários para a realização dos seus objetivos.
Do mesmo modo que é importante nunca desanimar, tampouco parar de sonhar, também é imprescindível manter os “pés no chão”.
Pois é na realidade presente que surgem as condições necessárias para você atingir seus objetivos. Quando menos se espera a oportunidade pode aparecer.
Ela costuma emergir do próprio meio.
Não obstante, as dificuldades, no seu campo de atuação, geralmente estão inseridas nas condições promissoras.
Se há algo que deve ser levado em consideração, é o fato de as ocorrências positivas que aparecem no caminho se configurarem de maneira simples.
Elas praticamente se confundem com os eventos rotineiros, mas representam um novo curso para a sua história de vida. Não espere ocorrências grandiosas para dar início a sua trajetória de sucesso; interaja com os eventos presentes, pois são deles que você extrai os meios para ser bem-sucedido.
O que é bom, e vai realmente ajudar, surge de maneira discreta, sem tanto alarde. No entanto, as propostas de grandes possibilidades costumam não dar em nada. Essas situações equivalem a um princípio existencial muito verdadeiro: o que é para o bem costuma aparecer naturalmente e de maneira suave, já o mal geralmente vem com promessas de grandes realizações.
Há um dito popular que exprime isso da seguinte forma: “Quando a esmola é demais, até o santo desconfia”
Assim sendo, não espere as grandes ocasiões para dar o melhor de si, faça o máximo que você puder, mesmo em se tratando das coisas mais simples do seu cotidiano.
Procure viver intensamente cada momento da sua trajetória de vida.
Lembre-se: é do presente que se extrai os maiores frutos da existência, seja por meio da satisfação do que se passa ao redor ou pelas possibilidades de um encontro com alguém; ou ainda, de algum evento que se passa no meio.
A vida é preciosa demais para ser sufocada com expectativas futuras.
A realidade presente é fonte de vida, enquanto as expectativas futuras são meras conjecturas mentais que dificultam a nossa interação com o que é real.
 
- Terminações Nervosas: Raiz da alma implantada na vida.
As terminações nervosas estão situadas nas extremidades, tanto nas fibras nervosas motoras, quanto nas fibras nervosas sensitivas.
No tocante às terminações nervosas motoras, elas são denominadas placas motoras.
A grande maioria delas descarrega estímulos para os músculos, promovendo os movimentos corporais.
As terminações nervosas sensitivas são estruturas especializadas em receber estímulos físicos ou químicos, tanto da superfície do corpo, proporcionando a sensibilidade aos estímulos externos, quanto do seu interior, permitindo a identificação das sensações geradas pelo próprio organismo.
Os estímulos dos receptores sensitivos originam os impulsos nervosos, que caminham pelas fibras, em direção ao Sistema Nervoso Central.
As principais estruturas de sensibilidade aos estímulos químicos são as gustativas e as olfativas.
As terminações nervosas gustativas, por exemplo, estão localizadas na região da língua. Elas são capazes de determinar as sensações de doce, azedo, amargo, etc.
As terminações nervosas especializadas na captação dos estímulos físicos estão, na sua maioria, localizadas na pele e nas mucosas.
Esses receptores são especializados para os agentes causadores do calor, frio, pressão e tato.
No que diz respeito às sensações livres, isto é, não há uma estrutura receptora, especializada somente para esse tipo de estímulo. Portanto, a dor é captada por diversas terminações espalhadas por todo o organismo.
Em se tratando de fibras nervosas especializadas na identificação daquilo que se passa ao redor e também na percepção das sensações viscerais, as terminações nervosas possuem equivalência metafísica à percepção de si mesmo e também à identificação dos eventos exteriores.
Conhecer-se promove atitudes de respeito aos próprios limites, evitando a autoagressão. Também permite adotar posicionamentos condizentes com a natureza íntima, favorecendo o encaminhamento das nossas vontades.
Atuamos na vida com mais coerência e precisão.
Não perdemos tempo com picuinhas; por outro lado, não deixamos de reconhecer o valor de uma pequena ocorrência ou ainda de um gesto afetivo de alguém. Comportamo-nos de forma a respeitar os outros e a nós mesmos.
Quanto mais próximos formos daquilo que acontece ao redor, melhor a chance de sermos bem-sucedidos no ambiente em que atuamos.
A consciência simultânea dos ideais e das situações presentes, melhora a chance de realização pessoal na vida.
Quem fica obcecado pelos seus ideais e indiferente ao presente, deixa passar as oportunidades.
Por outro lado, aquele que vive em torno das questões exteriores ou dos outros, não constitui nada de efetivo para sua vida.
Tudo passa, mas ele não se apropria de nada.
As amizades são passageiras, os relacionamentos não perduram e o trabalho se acaba; não fica com posse dos benefícios resultantes do que realizou.