Sistema Endócrino
- Supra-renais: Atitude audaciosa e desbravadora.
Supra-renais são duas glândulas localizadas sobre os rins.
Cada uma se divide em duas regiões: córtex supra-renal (camada externa que reveste a glândula) e medula supra-renal (parte interna).
Cada região produz diferentes hormônios.
Dentre os diversos tipos de hormônios e suas variadas funções, iremos desenvolver a relação metafísica de apenas alguns deles.
A adrenalina, por exemplo, representa cerca de 80% do total da secreção da glândula supra-renal e é mais potente que a noradrenalina.
Em combinação, esses dois hormônios são, em grande parte, responsáveis pela resposta de defesa nas condições de emergência, como fadiga, frio, calor e dor, bem como choques e emoções intensas, como medo, raiva e cólera.
Colocam o corpo em estado de alerta, preparando-o para atacar ou fugir.
As situações ameaçadoras podem ser reais ou imaginárias, acionadas pela forma como interpretamos os episódios ao nosso redor.
O que determina nossa reação aos acontecimentos não são os fatos em si, mas sim a maneira como interpretamos aquilo que vemos.
Muitas vezes imaginamos estar cercados por situações de risco, porém isso não condiz com a realidade dos fatos. O corpo não distingue entre realidade e ilusão; ele responde de acordo com nossa avaliação.
Se acharmos que existe perigo, para revidá-lo reagiremos de maneira intensa e imediata.
Mesmo a interpretação errônea de uma situação nos deixa apreensivos e provoca o estresse. Para evitar esse transtorno, é preciso agir com certa imparcialidade, investigar melhor as ocorrências e não se precipitar nas conclusões.
O transtorno disso é imediatamente percebido no corpo, que fica em estado de choque, causando um grande desgaste físico e psicológico.
Somos propensos a interpretar tudo que nos cerca de acordo com nossa maneira de ver.
Os conteúdos internos, como as crenças, aquilo que valorizamos, são os fatores fundamentais para determinar o que acontece à nossa volta.
Muitas vezes nos iludimos por uma interpretação errônea da realidade, provocada por nossos desejos ardentes ou mesmo por nossa falta de consistência interior.
Se não estamos seguros na relação afetiva, por exemplo, facilmente vamos nos sentir ameaçados por alguma pessoa que se aproxima de nosso amor.
Achamos que ela está querendo competir conosco. Por outro lado, os desejos intensos nos tornam cegos diante de situações perigosas.
Por exemplo, queremos com tanta intensidade ter um amigo, que não percebemos os abusos e a falsidade dessa pessoa que está ao nosso lado.
Muitas vezes, as reais necessidades passam despercebidas, enquanto as situações que não oferecem riscos fazem-nos sentir ameaçados.
Nem sempre interpretamos corretamente aquilo que nos acontece.
Pode ser que tudo não passe de um mal-entendido, principalmente entre as pessoas que vivem em conflitos.
Se cada um ponderasse melhor e saísse de suas limitações, conseguiria entender além do fato em questão; talvez até admitisse ter-se equivocado na avaliação dos episódios.
O maior mal dessas interpretações errôneas é o desgaste que isso provoca na própria pessoa.
O estado de apreensão eleva os níveis de hormônios causadores do estresse, podendo até prejudicar a saúde.
O estresse é um dos maiores males da modernidade.
Ele não é contraído por meio de substâncias externas, mas sim por um conjunto de reações do próprio organismo às agressões físicas ou preocupações exageradas.
Uma das principais substâncias do organismo causadoras do estresse é o hormônio Cortisol.
Trata-se de um hormônio indispensável à sobrevivência humana.
Discreto, age em diversos órgãos e tecidos, sendo essencial ao metabolismo.
A alta concentração desse hormônio pela manhã nos faz acordar com disposição física para realizar as atividades do dia.
No âmbito metafísico esse estado corporal surge em conseqüência de nossa opção pela vida e a determinação em realizar aquilo que nos cabe.
A atitude favorável à execução das tarefas e a participação no cenário em que vivemos faz com que acordemos dispostos e com energia, mesmo para as atividades exaustivas.
Tudo depende de nossa predisposição.
Metafisicamente, é ela que determina o nível do cortisol na corrente sangüínea pela manhã.
Quando precisamos ter muita atenção, as supra-renais liberam o cortisol, a adrenalina e a noradrenalina.
A combinação desses três hormônios disponibiliza o máximo de energia para que cérebro e músculos lidem com as situações de risco, sejam físicas ou psicológicas.
As condições físicas responsáveis pelo estresse são aquelas que exigem o máximo de atenção, precisão nos movimentos e ofereçam elevado risco.
Algumas dessas modalidades são os esportes radicais, direção perigosa, reações rápidas no trânsito, etc.
O estresse emocional é o mais freqüente.
Ele ocorre pela maneira como a pessoa vivencia os processos existenciais.
As incertezas geradas pelas súbitas mudanças que invadem nossa vida cotidiana causam certa instabilidade quanto aos resultados que pleiteamos. Nunca temos certeza de nada antecipadamente; a vida é uma eterna aventura que exige astúcia, coragem e determinação.
Para vencer os obstáculos, é necessário muito talento, confiança na própria força realizadora e um espírito aventureiro.
Nossas ações atraem oportunidades que possibilitam a realização daquilo que almejamos.
Tudo será definido mediante as ações praticadas.
Os resultados vão depender de como são realizadas as atividades.
Portanto, nada pode ser determinado com precisão antes de ser realizado.
Por não saber de antemão quais resultados vamos obter, ficamos apreensivos e muitas vezes inseguros. Saber lidar com isso sem se estressar é um dos maiores desafios dos tempos modernos.
Vivemos constantes agitações interiores e muitas tensões em relação ao meio exterior.
A instabilidade no trabalho, algumas crises afetivas, decepções, estados de alerta, etc., tudo isso são fatores que causam o estresse.
Na verdade, não são bem esses episódios, mas sim a maneira como nós os encaramos. A falta de confiança em nós mesmos e nos processos da vida que promovem os desfechos favoráveis ao nosso aprimoramento causa-nos grande tensão e medo do futuro.
É preciso confiar mais e preocupar-se menos, fazer tudo que nos cabe, mas sem aquela fúria de querer soluções imediatas; deixar as coisas se acomodarem enquanto realizamos aquilo que podemos; não permitir que a ganância provoque tanto desconforto, levando-nos ao desespero.
Somente assim o estresse não virá com tanta freqüência, evitando tornar-se um estado crônico, que causa tantos prejuízos à saúde.
Em seu devido tempo, as necessidades serão sanadas, evitando-se maiores transtornos.
Segundo a óptica metafísica, todo o organismo é regulado por aquilo que sentimos. As condições internas praticamente se resumem às nossas emoções, que são fatores determinantes na coordenação das funções corporais.
Os estados emocionais regulam as secreções dos hormônios das glândulas supra-renais, como o fazem em todo o corpo.
Nessas glândulas, porém as emoções causam respostas orgânicas imediatas, Estimulam a secreção de hormônios, que estabelecem condições físicas condizentes com aquilo que sentimos.
Por serem as supra-renais um dos órgãos que respondem mais rápido às emoções, convém compreender, nesta parte dos estudos metafísicos, os aspectos relacionados a essa importante condição interna que determina a saúde ou a doença.
Somos impulsionados por forças interiores que se originam do âmago do ser (o inconsciente).
Essa fonte inesgotável fornece energia para o corpo.
Ela manifesta os conteúdos, que se tomam conscientes, sendo percebidos em forma de sentimentos, como o amor, a saudade, etc.
Eles são uma espécie de leme que estabelece as diretrizes de nossa existência.
É com base neles que fazemos nossas escolhas, nos aproximamos ou nos distanciamos de alguém ou de situações da vida. Eles definem o tipo de reação que vamos ter perante os episódios do meio externo.
Quando os sentimentos se manifestam no corpo, provocando alguns tipos de reações, como sorrir, chorar, ter o ritmo respiratório alterado, tornam-se emoções. Elas representam a expressão daquilo que sentimos.
As emoções são responsáveis pelos processos somáticos.
Elas transferem para o corpo nossos sentimentos.
Portanto, sentir-se bem interiormente fará com que o corpo permaneça saudável; já os maus sentimentos geram emoções nocivas à saúde.
As emoções são muito abrangentes; elas praticamente definem nossa manifestação na vida. Existem emoções agradáveis, como as causadas pela simpatia, ternura, afetividade, etc., e também as que provocam sensações ruins, como a tristeza, a raiva, o medo, etc.
O medo, por exemplo, é um dos estados emocionais desagradáveis mais freqüentes entre as pessoas.
Trata-se do sentimento de grande inquietação diante de um perigo real ou imaginário que ameaça a integridade física ou compromete o bem-estar.
Refere-se a um mecanismo de defesa que nos põe em alerta para revidar qualquer situação de risco iminente.
Naturalmente, o medo é condição necessária para manter a atenção aos perigos que nos cercam. Ao mesmo tempo, ele garante uma resposta imediata, com a agilidade e a destreza que certas situações exigem.
Entre tantas reações viscerais que esse estado provoca, a secreção da adrenalina é a principal delas.
Os níveis desse hormônio sobem drasticamente na corrente sangüínea, promovendo uma condição fisiológica de extremo alerta e preparo para atacar ou fugir daquilo que se apresenta de forma assustadora.
Os medos reais são aqueles causados por algum perigo externo, relacionados aos acontecimentos presentes, que justificam as intensas reações fisiológicas.
Como, por exemplo, ser surpreendido por um barulho estrondoso, estar sendo seguido por alguém suspeito, encontra-se num lugar muito alto ou fechado, estar diante de animais ou insetos que nos atemorizam, etc.
Já os medos imaginários criam situações que não existem, preparando o corpo para um falso combate. Isso gera uma tensão constante, que é a principal causa do estresse, podendo ocasionar outros danos à saúde.
Esses tipos de medo são causados pelas interpretações errôneas do que acontece ao nosso redor. Vivemos alertas e preparados para o pior; assim, qualquer indício de problema transformamos em fortes ameaças.
Estar apreensivos é uma condição muito desagradável, pois vemos perigo onde não existe e ficamos receosos com coisas que não justificam tanta preocupação.
Também as perspectivas ruins em relação ao futuro provocam um estado de alerta em relação às situações que ainda não aconteceram.
Geralmente, nossas previsões são as piores possíveis.
Isso nos faz temer por antecipação algo que talvez nem aconteça. Mas o fato de imaginar e sentir isso como se fosse verdadeiro causa-nos um desgaste tão grande quanto deparar efetivamente com aquilo que nos assusta.
Temer por antecipação algo ruim é pior do que vivenciar tais episódios, sem contar que muitas vezes é um desgaste em vão e não ajuda em nada.
Ao contrário, deixa-nos tão estressados, que na hora de atuar na situação não contamos com a energia necessária para um bom desempenho, que garantiria os melhores resultados.
Há outro fator a ser considerado nessa previsão desastrosa do futuro.
Quando nos preocupamos com algo, dirigimos nossas atenções para aquilo e, conseqüentemente, canalizamos energias, atraindo o que tememos.
Portanto, a melhor atitude para evitar que as coisas desagradáveis ocorram é não se preocupar tanto com elas, fazer o necessário para que tudo dê certo, mas não transformar precauções em neuroses.
É investigar as perspectivas favoráveis, confiar nos processos da vida, bem como na capacidade de lidar com o inesperado, e conquistar resultados promissores.
Os medos imaginários também podem ser fruto de nossos traumas.
Geralmente, quando uma situação representa algum tipo de ameaça que não procede, ela lembra episódios ruins do passado.
A projeção, para a realidade presente, daquilo que não foi bom anteriormente torna os fatos assustadores. Para evitar que esses "fantasmas" do medo continuem nos assombrando, é preciso que nos desprendamos dos velhos modelos e adotemos novas atitudes.
Não devemos permitir que os temores contenham nossos impulsos, reprimindo a manifestação na vida.
Para sermos realizados e felizes, precisamos manter o espírito desbravador, desvendando o desconhecido em busca de novos horizontes.
Tudo que é novo e ainda não foi devidamente explorado causa-nos espanto.
Não se deixar vencer pela obscuridade permite que ampliemos nosso universo de atuação, conquistando um mundo melhor.
Agir com cautela diante das situações perigosas é uma atitude coerente, mas reprimir o fluxo da coragem impede que nos tornemos vencedores.
Uma pessoa vitoriosa não é aquela que está isenta do medo, mas sim alguém que, mesmo com seus temores, enfrenta as situações delicadas, tirando proveito daquilo que parecia impossível.
Todos temos chances, mas somente os corajosos vencem, pois eles não se deixam abater pelas incertezas, desvendam os mistérios, alcançando o que parecia ser inacessível
A vida proporciona algumas oportunidades, porém o principal ingrediente para o sucesso é a coragem.
Quem não se aventura tentando alcançar seus objetivos, jamais sentirá o prazer da conquista.
Procure explorar cada vez mais a realidade, descortinando os mistérios, vencendo as barreiras dos medos, para atingir novos trajetos de vida.
Para tanto, é necessário crer na própria força realizadora e apostar em seu talento, que a vitória será uma conseqüência natural.
Muitas vezes, desistimos antes de tentar.
Perdemos chance de descobrir o que haveria por trás dos obstáculos.
Quando estivermos novamente diante de um desafio, lembremos que a vitória está ao nosso alcance.
Ela poderá ser descortinada daquilo que nos cerca e, até mesmo, de algo assustador.
Não temer enfrentar os desafios impostos pela vida nos tornará vencedores.
Por trás de um grande desafio repousa nosso maior talento.
Geralmente, aquilo com que temos dificuldade para lidar surge com muita freqüência.
Isso representa uma solicitação da vida para atuarmos naquela área.
Se pararmos de resistir e nos dedicarmos a ampliar os próprios limites, superando as barreiras, descobriremos potenciais inimagináveis.
Tudo é possível para quem se permite tentar.
Entre os acertos e os desacertos, norteamos nosso fluxo pela vida rumo ao sucesso e à realização pessoal.
O medo é uma atitude cautelosa; ele jamais deve ser um bloqueio, impedindo a manifestação de nossos potenciais.
Ser destemido e audacioso é preservar nosso espírito aventureiro, que garantirá muitas conquistas durante a arte do viver.
Considerações Finais
Durante todos os textos referentes ao Sistema Endócrino, pudemos observar a importância da condição interna regendo a secreção de hormônios que mantêm as atividades corporais, discretos, porém imprescindíveis para a saúde física.
A maioria deles não sinaliza de imediato as variações indevidas em suas taxas.
É necessário um tempo para perceber os reflexos de um desequilíbrio hormonal no corpo.
Analogamente a isso, no âmbito metafísico existe uma condição discreta, porém determinante, tanto para a saúde física quanto para resultados promissores na realidade em que vivemos.
Trata-se de nosso estado interior, que é formado pelos sentimentos que cultivamos.
Além de servir de fonte para nossas ações, os sentimentos mobilizam situações externas compatíveis com nossa condição emocional.
Geralmente não percebemos a importância de cultivar boa condição interna. Envolvemo-nos de maneira tão intensa com os afazeres, que ficamos displicentes quanto ao estado emocional, quando na verdade é ele que determina o curso de nossa existência.
A vida é composta por sucessivos acontecimentos que embora externos, se originam dentro de nós mesmos.
De alguma forma, conspiramos a favor de todos os episódios que nos cercam. Sejam eles bons ou ruins, nós os atraímos.
Estar mal consigo mesmo, ou desesperado, dificulta o bom desempenho, minando as chances de sucesso.
Já o bom astral age positivamente na conquista de nossos objetivos.
Gradativamente, as situações externas vão se encaixando de acordo com aquilo que sentimos.
As oportunidades surgem, descortinando os caminhos para nossa existência.
A realidade vai-se adequando aos valores internos.
Eles são muito importantes para definir os resultados que obteremos.
Zelar por manter nosso astral elevado, com positividade, serenidade e fé, é uma forma de investir também no sucesso profissional.
Diretamente, as atividades desempenhadas por nós não exigem que estejamos nos sentindo bem para executá-las.
Em geral, as pessoas pensam que é só estarem presentes e realizarem suas incumbências.
Mas não é bem assim.
O estado interior produz boas energias, atraindo melhores condições de trabalho.
Não basta o empresário, por exemplo, desempenhar algumas funções dentro da empresa; é necessário que ele mantenha os acordos comerciais e conquiste novos clientes para continuar com seu empreendimento.
Além de o comerciante abrir as portas de seu estabelecimento, ele precisa atrair as pessoas para adquirir seus produtos.
O empregado tem uma carga horária para cumprir e tarefas destinadas à função que ele desempenha; para progredir na carreira, porém, ele depende de algo que vai além da eficiência no trabalho.
Não basta os taxistas de uma grande cidade pegarem seus veículos e saírem rodando pelas ruas; eles precisam passar onde está um passageiro aguardando um táxi.
Todos esses casos revelam a importância da condição interna durante o exercício das profissões.
Se tivéssemos consciência de quanto esse estado se propaga além dos horizontes de atuação, transcendendo o tempo e o espaço, nos dedicaríamos em manter constantemente a serenidade interior, pois, assim, atrairíamos oportunidades futuras oubmesmo alternativas que viriam de outros locais, não exatamente de onde atuamos.
Para atrair bons resultados, devemos cultivar sentimentos harmoniosos, não nos deixar invadir pelo desespero e não vibrar negativamente.
Disso dependem nossa carreira, nosso futuro e, principalmente, nossa felicidade, os quais advêm da atuação com prazer e satisfação em qualquer tarefa cotidiana.
Como se vê, tudo depende de nós mesmos.
É acionar os próprios recursos existenciais, como as habilidades, a disposição para enfrentar os desafios, etc., além de preservar: as atitudes saudáveis, como a serenidade; a fé em nosso potencial realizador, que conquistaremos uma realidade promissora.
Continua
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