quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Metafisica da Saúde

Sistema Nervoso
 
- Mal de Parkinson: Excesso de poder e autoridade. 
 
A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo crônico que pode causar significativa incapacidade motora.
Os primeiros sinais e sintomas habitualmente aparecem na meia idade, prevalecendo aceleradamente na idade acima de 65 anos.
Os sintomas clássicos que praticamente definem a doença são três: tremor, lentidão dos movimentos e rigidez muscular.
No tocante ao mal de Parkinson, trata-se de uma conduta de vida muito acirrada, no que diz respeito à maneira como a pessoa atuou nas conquistas, bem como no exercício do poder.
Geralmente são pessoas que ocupam posição de destaque no que fazem e/ou na família.
São extremamente hábeis nas suas atuações, conquistando um poder de liderança, inclusive sobre aqueles que as cercam.
O histórico de vida de uma pessoa que sofre desse mal, frequentemente é repleto de conquistas e recheado de sucesso, em especial, na carreira profissional, pois seu grande empenho proporcionou-lhe inúmeras vitórias, que a colocou numa condição de destaque.
Enquanto membro da família, seu desempenho foi notável, facilmente assumindo as incumbências dos entes queridos, tornando-se o esteio familiar.
Geralmente são pessoas que se destacavam pela eficiência e capacidade de gerenciar as condições de vida para obter os fins desejados.
Não apresentavam problemas de comando, lideravam com grande facilidade.
Em alguns momentos tornavam-se indesejáveis, por tomar a frente da situação e realizar com muita competência o que dizia respeito aos outros.
Isso provocava certa frustração, sufocando as pessoas que as rodeavam, pois monopolizavam as funções, não delegando aos outros algumas incumbências que possibilitariam melhor integração do grupo. O fato de manterem tudo centralizado sob seu poder, faziam-nas sobrecarregarem-se de funções, extrapolando os limites de atuação.
Para sanar as problemáticas, poupar os outros dos desconfortos e garantir o bom andamento das situações, assumiam exagerado domínio sobre diversas funções. Com isso não sobrava tempo para cuidarem de si e realizarem suas próprias tarefas.
O maior prejudicado por essa postura de liderança excessiva geralmente é o próprio indivíduo, que compromete o andamento de suas tarefas, sobrecarregando-se de atividades.
A busca pela eficiência e a necessidade de exercer domínio sobre as ocorrências ao redor tornam a pessoa extremamente eficiente. Mas displicente para consigo no tocante a sua vida pessoal, comprometendo a disponibilidade para lidar com os seus próprios problemas. A pessoa fica tão envolvida com seus afazeres, que não se dá conta do quanto está omissa na sua vida afetiva ou nas necessidades pessoais e dos transtornos que esse distanciamento poderá acarretar-lhe no futuro.
A prática de um hobby, por exemplo, nunca foi algo evidente na vida dessa pessoa, que viveu tão empenhada em outros objetivos, que não conseguiu espaço para cultivar o que lhe proporcionava prazer.
Quando o poder extrapola os limites da pessoa, levando-a ao excessivo domínio das situações exteriores, isso prova a falta de confiança em si mesma. Isso é indício de que a pessoa não se sente verdadeiramente na posse do que a cerca. Teme pela perda de controle e falta de direcionamento dos eventos exteriores.
São pessoas que não sabem lidar com a impotência diante dos fatos.
Ficam perturbadas quando não conseguem dominar os eventos exteriores.
Não sabem lidar com a perda do poder.
É comum a doença surgir após o afastamento de alguma situação importante.
Essa perda é acompanhada de grande abalo emocional, que deixa a pessoa transtornada e sem conseguir elaborar essa saída de cena ou perda de comando. Após um breve período desses eventos traumatizantes, pode ocorrer a manifestação da doença.
Geralmente os parkinsonianos foram pessoas que durante a vida contavam consigo mesmas, não tinham ninguém para se apoiar nem alguém que representasse um apoio emocional. Isso fez com que se tornassem exímias no que faziam, para estabelecer suas bases de segurança nos bons resultados conquistados.
Sentiam-se seguras quando tinham o controle das situações. Já, ao se verem na eminência de perder a coordenação dos acontecimentos, ficavam apavoradas ante a incapacidade de supremo domínio dos fatos. A simples hipótese de depender de alguém, de ficar à mercê do acaso ou impossibilitada de agir causava-lhe profundo abalo emocional.
Com as decepções causadas pela perda do comando, situação comum que precede o surgimento da doença, não tiveram suporte interior para ficar à mercê dos outros ou de alguns aspectos exteriores. Pode-se dizer que o que mais temiam, a perda do controle das situações existenciais, acabou sendo inevitável. E, o que mais tentaram evitar, tornou-se uma realidade existencial e principalmente orgânica.
 
- Doença de Alzheimer ou Demência: Durante a vida não conquistou o seu espaço no ambiente.
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência no idoso.
É uma doença degenerativa que afeta o cérebro, provocando atrofia progressiva das estruturas neurológicas.
Manifesta-se com a alteração de humor e de comportamento.
Inicialmente a pessoa apresenta perda progressiva da memória, principalmente para eventos recentes, ou seja, não se esquece do passado, mas tem dificuldade de se lembrar do que ocorreu há alguns instantes.
Promove a perda das habilidades de pensar, raciocinar e memorizar.
Caso a pessoa vá à padaria da esquina, por exemplo, pode ocorrer de ela não conseguir fazer o caminho de volta para casa.
O avanço da doença afeta a linguagem, dificultando a expressão e também o aprendizado.
A progressão da doença é lenta, porém implacável.
Os sintomas vão se agravando com o passar do tempo, durando com frequência mais de dez anos; essa é a perspectiva de vida de uma pessoa com Alzheimer.
A doença culmina na demência, que é um transtorno mental orgânico, resultando na perda progressiva ou permanente das faculdades intelectuais.
A pessoa perde a razão e a capacidade de cuidar de si mesma, apresentando também alteração na personalidade.
É muito comum entre as pessoas desejarem o controle sobre a realidade, querer garantir antecipadamente os resultados almejados e procurar ter as “rédeas” da condução da própria vida e, às vezes até, da vida dos outros.
Para tanto, fazem-se necessárias as faculdades mentais, que possibilitam a interação com o meio em que vivem.
A integração com o ambiente e as relações interpessoais requerem que se estabeleça elo ou cumplicidade entre as pessoas, bem como interesses pelos assuntos em questão.
Quanto maior a cumplicidade, maior a integração com o meio.
Do mesmo modo, para o uso das faculdades intelectuais é necessário elevado nivel de conexão consigo mesmas e com as situações ao redor.
Para um bom relacionamento social ou afetivo é imprescindível a capacidade intelectual para mediar os diálogos, melhor dizendo, a atenção, os registros das informações e a organização da expressão verbal e corporal.
Quanto mais afinidade existir entre as pessoas, melhor será a interpretação do que está sendo dito, possibilitando maior interação no diálogo. Isso fica evidente numa convivência longa e com profundos laços afetivos, como a de um casal.
Basta um gesto ou um olhar, para que o outro se inteire do assunto.
A empatia favorece não só a aproximação como a comunicação entre as pessoas; meias palavras são suficientes para interpretar e responder o assunto em foco. Pode-se dizer que quanto mais próxima a pessoa estiver do ambiente e daqueles que a cercam, mais ela exige das estruturas mentais para se situar nos assuntos e fornecer elementos para interação. Se por um lado os diálogos ficam mais simples, por outro a necessidade de elementos interiores como a memória e o raciocínio é aumentada.
A doença de Alzheimer é um mal que aflige pessoas que não conseguiram estabelecer um profundo elo com a realidade.
É como se vivessem naquele entusiasmo da paixão, mas não estabelecessem profundo elo existencial com a vida. Apesar do tempo que viveram, não se sentiram profundamente integradas ao ambiente.
Segundo a ótica metafísica, aquele que se cuida, terá sempre condições para o fazer; já aquele que se anula, poderá comprometer a valiosa capacidade de atuação no meio.
O maior poder é o de sermos nós mesmos.
Não basta apaixonar-se pela vida; é importante sentir-se integrado à realidade cotidiana.
A falta de fé em si, provoca o desejo de domínio sobre os outros e o excesso de cobranças!
 
- Dor de Cabeça ou Enxaqueca: Extrema assiduidade. Preocupações excessivas. Pensamentos possessivos e congestão mental.
Trata-se de um distúrbio presente na humanidade desde os primórdios. Atualmente, sabemos que se trata de uma doença incapacitante, que compromete o desempenho da pessoa nas atividades existenciais.
Até 1980, a dor de cabeça era considerada um distúrbio puramente vascular.
Foi quando Moskowitz, concluiu que não era apenas uma reatividade vascular primária; ela depende de aumentos na excitação neural, mediados principalmente pela serotonina (neurotransmissor), que ocorre isoladamente ou associada a outros processos neurológicos. Segundo ele, a dor provoca a inflamação dos vasos sanguíneos, e não o inverso, como se acreditava.
Os desencadeadores mais comuns são: fome, sede, euforia, mania, depressão, tontura, lentidão de movimentos ou irritabilidade.
As dores de cabeça são classificadas como: cefaléias e enxaquecas.
As cefaléias são facilmente confundidas com as enxaquecas.
Elas até podem existir simultaneamente, mas são processos distintos, com características específicas, tais como: o período de duração dos ataques (as cefaléias são de curta duração, enquanto as enxaquecas são mais prolongadas); e os diferentes comportamentos (durante um ataque de cefaléia, as pessoas não conseguem ficar paradas, já na enxaqueca querem ficar imóveis, e ficam propensas à hibernação)
Os ataques de cefaléia podem ocorrer em momentos específicos, com uma forte intensidade.
Dentre os sintomas destacam-se: pulsação na região frontal da cabeça, queda de uma das pálpebras, inchaço e vermelhidão na região dos olhos ou na face, lacrimejamento, escorrimento ou congestão nasal, suor excessivo, etc.
No tocante a enxaqueca, destacam-se as seguintes situações: surge gradativamente; pode ser completamente reversível; costuma iniciar na região frontal, estendendo-se até a coroa, na nuca ou, ainda, unilateralmente.
O sintoma também pode ser pulsátil; a intensidade da dor pode ser moderada ou mesmo com picos de dor, que se repetem após um intervalo de tempo, dificultando as atividades diárias; a dor de cabeça se agrava com atividades físicas e pode inclusive provocar vômitos.
 
No âmbito metafísico, a dor de cabeça é indício de preocupação excessiva com determinadas situações que assumem um caráter perturbador.
A pessoa fica pensando de maneira obsessiva em fatos que, muitas vezes, fogem ao seu controle; mas nem por isso consegue se desligar.
Ao contrário, a falta de controle sobre as ocorrências provoca instabilidade emocional, levando ao desespero.
Não consegue chegar a um denominador comum.
Perde-se nas conjecturas mentais desencadeadas pelas ocorrências que ficam impregnadas em sua mente, gerando desconforto, indignação e inconformismo.
Rumina mentalmente o ocorrido de maneira a não se desligar um só instante, causando uma espécie de congestão psíquica, que pode desencadear uma crise de dor de cabeça.
Portanto, pensar nas situações agradáveis ajuda as pessoas a se desligarem dos episódios ruins.
Uma atitude comum entre as pessoas que sofrem de cefaléia é a de serem dramáticas. O drama aumenta a intensidade dos fatos ruins e reforça a confusão interior, enfraquecendo o potencial realizador.
As pessoas que sofrem de cefaléia, geralmente comportam-se de maneira possessiva.
Elas não sabem viver sem nenhum poder sobre as situações.
É muito difícil para elas deixarem que os fatos simplesmente aconteçam, sem interferir nas ocorrências. Não permitem que nada escape ao seu controle, envolvem-se excessivamente com as questões exteriores, sobrecarregando-se de tarefas ou ficam com preocupações excessivas.
Querem dominar as situações para garantir que tudo se desenrole conforme previsto.
Buscam colaborar de alguma forma, tentam agradar os outros para se sentirem úteis, consequentemente, seguras.
Estão frequentemente planejando estratégias mirabolantes para alcançar seus objetivos. Incluem as pessoas nos seus planos, sem prévia consulta.
Quando vão comunicá-las e não obtém boa aceitação, decepcionam-se.
Elas não conseguem compreender que suas estratégias tem uma finalidade própria e na maioria das vezes não estão de acordo com os objetivos alheios.
As pessoas que sofrem de enxaquecas, quando vão participar de algo, gastam muita energia psíquica nas conjecturas e planejamento das suas ações.
Não é praxe agirem no improviso.
Gostam de ter tudo planejado e devidamente organizado para que nada dê errado. Exageram na organização por não se sentirem à vontade e em condições de lidarem com o inesperado.
As situações inusitadas são abominadas e causam certo pavor, provocando tensão e desconforto.
São pessoas persistentes, que não se convencem facilmente.
Gostam de entender a fundo uma situação. Não se contentam com pouca explicação, querem atingir o cerne da questão.
Pode-se dizer que não conseguem viver sem certa dose de preocupação.
Quando nada acontece, procuram uma situação para se envolverem.
Não suportam as situações em aberto nem ficar aguardando solução futura. Esperar é algo que provoca desconforto e agitação interior, pois ficam imaginando tudo o que pode ou não acontecer.
Não sabem viver diante de incerteza, pois elas instigam a sua imaginação, que geralmente permeia na negatividade, causando-lhes grande turbulência psíquica.
 
- Acidente Vascular Cerebral (AVC): Sentir-se impossibilitado ou perdido na execução das atividades.
Também conhecido como derrame cerebral, o AVC é uma doença séria que pode causar sequelas irreversíveis se a pessoa não for atendida rapidamente.
O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte no mundo.
As pessoas não percebem que estão tendo um derrame, por esse motivo não procuram o médico.
Ele é caracterizado pela lesão em um dos vasos sanguíneo que irrigam a região cerebral.
Pode ser isquêmico ou hemorrágico.
A maior parte dos derrames são isquêmicos, o vaso sanguíneo é obstruído por um coágulo que bloqueia a passagem de sangue e oxigênio para uma área do cérebro. Esse processo também é chamado de isquemia cerebral.
O AVC hemorrágico costuma ser letal.
Ocorre quando a parede de uma artéria que irriga o cérebro é lesionada, provocando um sangramento numa área cerebral, formando um hematoma, que, mesmo em pequenas proporções, pode ter consequências drásticas à saúde e até mesmo por fim à vida.
O AVC, em geral, deixa sequelas que são mais ou menos graves, dependendo da área do cérebro afetada e do tempo que levou para a pessoa receber atendimento médico.
 
Na metafísica, o AVC é uma consequência da falta de habilidade da pessoa para lidar com o seu fluxo pela vida, principalmente diante das situações de poder. Quando ela tem de coordenar o desenvolvimento dos fatos existenciais e depara com sérios obstáculos, não consegue administrar com maestria a desenvoltura de suas ações.
Os obstáculos na verdade são decorrentes da limitação da própria pessoa, que impõe a si mesma uma responsabilidade excessiva, desrespeitando sua natureza interna. Por esse motivo, se vê cercada de problemas, tornando praticamente impossível alcançar seus objetivos.
Para superar os bloqueios e as limitações, a pessoa deve aceitar suas restrições, empenhar-se nas tarefas, dando o melhor de si, mas sem cobrar o impossível.
Ter firmeza naquilo que faz, mas não ser rude para consigo mesma.
Diminuir o drama, deixando de se queixar da sobrecarga de atividades. Adotar uma relativa naturalidade, que promove a leveza e boa fluidez dos acontecimentos.
 
- Epilepsia ou Convulsão: Impulsividade recalcada
Durante a história, supunha-se que as pessoas epilépticas eram portadoras de poderes especiais ou estavam possuídas.
Mesmo assim, importantes figuras históricas conviveram com a epilepsia, tais como: Júlio Cesar, Van Gogh, Napoleão, etc., e mostraram que os epilépticos podem oferecer imensas contribuições à sociedade.
As convulsões são contrações violentas e involuntárias de um grupo de músculos. Raramente ocorrem isoladas, em geral são sintomas da epilepsia.
 
Os fatores metafísicos aplicam-se a ambos os casos.
A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico, caracterizado por ataques de convulsões, que voltam a se repetir com a mesma intensidade e sem serem provocados.
Os ataques, denominados crises epilépticas, começam com descargas anormais e irregulares de eletricidade, geradas por milhões de neurônios no cérebro.
No aspecto metafísico, o epiléptico possui grande força realizadora, suas potencialidades são maiores que suas habilidades.
Para entender melhor o sentido aqui empregado a esses termos, esclarece-se que os potenciais são inatos, não dependem de desenvolvimento, nascemos com eles e o que está vinculado ao desenvolvimento são as habilidades adquiridas por meio das experiências. Tornamo-nos hábeis quando conseguimos organizar as faculdades interiores, viabilizando os meios necessários para a execução dos nossos potenciais latentes.
No processo de desenvolvimento a pessoa se envolve com as situações existenciais e aproveita as chances que o meio oferece para realizar seus objetivos. Oportunidades são encaradas como possibilidades de execução dos nossos desejos.
De certa forma, as coisas não vêm prontas, nós a adequamos aos nossos interesses. Conquistamos com a nossa expressão, um espaço no meio e certos privilégios; porém, a conquista mais valiosa é a habilidade adquirida com a experiência, pois essa perdura para sempre e nos permite repetir tantas outras vezes as mesmas conquistas.
Pode-se dizer que ter habilidade é ser livre e independente.
É ter capacidade de enfrentar as adversidades da vida, recorrendo aos próprios recursos, sem depender dos outros.
A independência evita o apego e fortalece a autoestima.
A liberdade favorece o aprimoramento interior e evita os processos depressivos. Assim sendo, ser hábil é uma grande conquista existencial.
Para conquistar a habilidade, devemos aproveitar as oportunidades e não esperar as condições ideais.
O ideal não pode ser nosso ponto de partida num projeto de vida.
Aquilo que seria ideal para fazer o que pretendemos é conquistado depois de muita interação com a realidade, manifestando o nosso potencial.
Transformamos as ocasiões oportunas em situações totalmente adequadas àquilo que desejamos realizar. Portanto, aceitar as oportunidades que a vida oferece é despojar-se dos critérios que restringem a execução dos nossos talentos.
As crises convulsivas surgem como uma maneira violenta de descarregar essas pressões geradas pelas emoções reprimidas.
O epiléptico se sente impossibilitado de se expressar.
Para ele, ninguém considera suas opiniões, tampouco respeitam suas vontades, sequer esperam sua vez de se pronunciar.
Ele fica sem ação diante das pessoas que o rodeiam.
Geralmente reclama por ser boicotado e não receber as chances que merece.
É comum, porém, ele mesmo se boicotar. Quando surge alguma oportunidade para realizar algo de que gosta, perde a chance, priorizando qualquer outra situação, mas não se permite realizar os seus desejos.
Para ele não existem momentos oportunos, ao contrário, nunca é possível realizar seus intentos.
Queixa-se dos outros, quando o maior problema consiste na sua própria dificuldade em relação ao meio. Pode ser até que as pessoas em volta não tenham sensibilidade para favorecer o seu desempenho, mas são as suas dificuldades de elaboração mental que acentuam a oposição dos outros.
As pessoas que sofrem de epilepsia tem certa necessidade de serem ouvidas, de se destacarem perante os outros ou até dominá-los por meio de processos de manipulação. Essa é uma maneira de compensar a falta de autodomínio. E também de buscarem uma posição diferenciada no grupo, alimentando sua personalidade dominadora, para minimizarem o desconforto da falta de poder sobre si mesmas.
Assim sendo, não viva em busca de incentivos dos outros para realizar suas próprias vontades.
Procure, você mesmo, proporcionar as chances necessárias para a viabilização de sua expressão.
Saiba respeitar os próprios limites. Dê valor àquilo que você está pretendendo fazer, não espere que os outros valorizem ou o motivem; faça a sua parte, independentemente dos resultados; o simples fato de realizar, promove uma sensação de competência e bem-estar.

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