Sistema Endócrino
- Obesidade: Necessidade de sentir-se acolhido.
Atualmente a obesidade tem sido um tema amplamente divulgado.
Vem sendo pesquisada pela comunidade científica e explorada por oportunistas que oferecem regimes milagrosos que mais prejudicam o corpo do que resolvem definitivamente o problema.
O aumento de peso tem afetado boa parte da população, principalmente pessoas de média idade.
A preocupação com a elevação de peso, na maioria dos casos, é exagerada, por que não só afeta o físico, mas também abala a autoestima e fere o amor-próprio.
Excesso de peso é um constante desconforto.
O espelho denuncia a existência de curvas indesejadas no corpo, as roupas perdem o caimento que sempre tiveram ou, infelizmente, nem servem mais.
Para desespero da pessoa, ela precisa admitir que engordou.
Numa sociedade que cultua um modelo estético de corpo esguio, de modelos magras, ter uns quilos a mais já é motivo de preocupação, por causa da discriminação.
O que mais afeta as pessoas que estão acima do peso é serem taxadas de gordas e discriminadas no grupo de amigos.
A adequação é um dos objetivos de qualquer um, portanto a obesidade fará a pessoa sentir-se inadequada; isso causa grande abalo emocional.
Antes de se dedicar a um método de redução de peso, é preciso integrar-se com a própria realidade corporal, porque muitas vezes a pessoa não esta acima do peso como imagina, mas, em sua visão distorcida do próprio corpo, ela equivale a alguém que possui peso bem elevado.
Aceitar o próprio peso não significa acomoda-se à condição em que se encontra. ´
Se a pessoa se integrar com sua real condição, sem se depreciar, ela vai escolher um método de emagrecimento que não agrida o corpo nem prejudiquem a saúde.
Quem comete exageros, aventurando-se em regimes rigorosos e exercícios pesados para perder o máximo de peso no mínimo de tempo, não respeita os limites do corpo e, conseqüentemente, agride-se.
Empenhar-se nos objetivos estéticos é saudável, mas não se deve radicalizar.
O verdadeiro bem estar não depende do peso que o corpo apresenta, mas sim de como a pessoa está se sentindo interiormente.
O fato de o indivíduo não se tornar escravo das aparências já é um ponto favorável para que se sinta bem consigo mesmo.
Cuidar do corpo é um gesto de carinho.
Evitar os excessos e preservar a integridade física com dietas amenas intercaladas com exercícios leves representa uma maneira natural de perder peso, sem a pressão exercida pela baixa autoestima quando se atrela o emagrecimento à felicidade.
A insegurança e a fragilidade interior tornam a pessoa dependente das formas físicas para estabelecer vínculos afetivos.
Já aqueles que são interiormente saudáveis, além dos cuidados com o corpo, consideram outros talentos como agentes de integração e preservação de um relacionamento.
A estética corporal promove uma aproximação circunstancial.
A condição emocional é responsável por estender uma relação, sustentando longo convívio entre o casal.
Um corpo com as formas esculturais desperta nos outros o desejo, mas não necessariamente promove laços afetivos saudáveis.
Para o sucesso no relacionamento, o corpo não é tudo, porque, quando gostamos de uma pessoa, envolvemo-nos num encanto mágico, típico dos enamorados. Esse estado faz emergir os desejos sexuais, promovendo a atração, que suplanta os sensos estéticos impostos pela sociedade.
A obesidade não é empecilho para o amor.
Não se deixa de gostar porque o parceiro engordou.
Na intimidade, por exemplo, as formas físicas não são tudo; conta muito o desempenho do parceiro, a ginga do casal na cama, não exatamente as formas corporais; estas seduzem o outro, mas não necessariamente realizam a própria pessoa.
Quando uma relação não dá certo e o desfecho culmina com o aumento de peso de uma das partes, esse fato pode ter desencadeado a separação, mas não é o principal causador da ruptura:
Os abalos emocionais causados pelas crises no relacionamento deixaram a pessoa carente, fazendo-a recorrer à comida para saciar suas lacunas afetivas.
Esse comportamento provocou o aumento de peso.
Há também outro fator a ser considerado.
Nesse caso, trata-se do ciúme e do excesso de cobrança.
Quando se ganha peso, geralmente se perde a autoestima e a pessoa se sente insegura na relação.
Conseqüentemente, comporta-se de maneira exagerada, às vezes até neurótica, ocasionando conflitos. Portanto, a obesidade não é a causa da infelicidade no amor, mas essa causa pode ser a conduta da pessoa diante do parceiro.
No âmbito metafísico, o aumento de peso está relacionado com a fragilidade interior, que se compara a uma imaturidade emocional
A pessoa sente-se despreparada para lidar com algumas situações, geralmente na relação familiar ou afetiva, mas pode ser também de ordem profissional ou social.
Assustada com o desenrolar dos fatos, sente-se desamparada.
Em vez de enfrentar as dificuldades do ambiente, recorre aos subterfúgios para atenuar suas frustrações.
Um dos mecanismos de fuga mais freqüentes é a alimentação.
A pessoa precisa estar sempre mastigando alguma coisa para atenuar o ócio ou extravasar a indignação. Também o prazer do alimento compensa o desconforto da realidade, preenchendo o vazio interior. A compulsão pela comida é uma queixa freqüente nos casos de excesso de peso. Não se consegue comer moderadamente, respeitando os limites alimentares.
A comida passa a ser uma obsessão difícil de ser controlada.
Outra forma de compensar é por meio das faculdades mentais.
Os obesos são dotados de uma imaginação fértil.
Avaliam as situações com muita meticulosidade. Destacam-se pela extraordinária criatividade, tornam-se excelentes estrategistas.
A agilidade mental é tão grande, que mesmo sozinhos começam a fantasiar histórias com outras pessoas ou situações e precisam bolar um plano para saírem vitoriosos de supostas batalhas travadas em sua mente.
Ficam tão desgastados só de imaginar as confusões ou dificuldades, que se abstêm das ações diretas.
Enquanto ficam pensando em tudo que precisam fazer, emitem impulsos mentais para o organismo, que, em virtude disso, se prepara para exaustivas atividades, armazenando uma série de nutrientes absorvidos na digestão, principalmente as gorduras, que servem de combustível para o corpo na hora de realizar as tarefas planejadas.
Como não ocorre a execução, a força de ação é sabotada, provocando um acúmulo de tecidos gordurosos, que vão contribuir para o aumento de peso.
As pessoas que sofrem com o aumento de peso são entusiastas, vivem repletas de expectativas, muitas delas infundadas, criando um universo de sonhos.
Geralmente, se, distanciam da realidade, mergulhando em suas fantasias.
Querem ser mais do que realmente são, no entanto têm dificuldade para concretizar seus anseios.
Quando vão realizar algo, não se comportam de maneira organizada.
Tentam fazer várias coisas ao mesmo tempo, comprometendo a efetivação de cada uma delas. Não bastasse essa agitação, ainda se põem a opinar em tudo, assumindo responsabilidades excessivas.
Tornam-se displicentes com o que realmente tem a ver com elas.
Não possuem a determinação necessária para concluir as tarefas em andamento.
Preocupam-se demasiadamente com o andamento de tudo, mas não se dedicam objetivamente na efetivação daquilo que é prioritário.
Projetam muito mais do que são capazes de realizar.
Esses indivíduos estão sempre insatisfeitos com os resultados obtidos nas situações ao redor, tanto pela sua própria ineficiência quanto pelas expectativas projetadas sobre os outros. Amargam fracassos familiares ou profissionais, frustrando sua vontade de interagir com o meio. Alguns se isolam, permanecendo apáticos; outros procuram meios para chamar a atenção das pessoas, com chantagens ou histórias fantásticas.
Há também quem aja com estupidez, para exercer certo domínio por meio da persuasão e do medo.
Nada disso, porém, irá preencher a pessoa o suficiente.
É um engodo que a distrai, afastando-a de sua realidade interna, que precisa ser reformulada.
Não dependa do destaque alcançado para sentir-se aceito e conseqüentemente integrado ao meio em que vive.
Sinta-se bom o bastante, respeitando as devidas proporções de sua penetração diante daqueles que o cercam.
Não cometa exageros.
Seja simplesmente você, porque esse é o maior tesouro que se pode alcançar na vida.
Os obesos, naturalmente emotivos, possuem grande capacidade afetiva, tanto que, quando manifestam essa qualidade interior, conquistam ou promovem aqueles que estão à sua volta. No entanto, esse não é seu estado freqüente.
Por terem sido muito afetados por essa sensibilidade, tomaram- se racionais, para se protegerem, evitando novas decepções.
As pessoas obesas têm dificuldade para expressar aquilo que sentem.
Temem entregar-se ao relacionamento e sofrer decepções, como provavelmente já deve ter ocorrido no passado.
Os traumas nas relações são as maiores agravantes desses temores presentes.
Mostram-se afetuosas com os outros, mas em seu íntimo repousa uma grande carência, que se intensifica por não saberem lidar direito com os próprios sentimentos. O temor de serem abandonadas por quem as ama faz com que desenvolvam apego excessivo, manifestando-se em forma de cobrança.
Exigem constantes explicações, ocasionando um distanciamento cada vez maior entre o casal ou em relação aos entes queridos.
O próprio medo de perder as pessoas queridas leva-as a agir de maneira nociva para as relações, ocasionando a temida perda.
A felicidade afetiva depende do bom desempenho de cada um na relação.
A dificuldade de um reflete-se diretamente na convivência do casal ou da família, interferindo na harmonia do lar.
A excessiva atividade mental das pessoas que sofrem com o aumento de peso provoca ansiedade, que é desenvolvida basicamente pela dificuldade da pessoa em interagir com o vazio do momento, que precede uma ocasião especial.
Em vez de preparar-se relaxando, ela se preocupa com o desfecho, deslocando-se para o futuro.
A ansiedade impede que se vivam intensamente as experiências, integrando-se com a realidade presente.
Ficar preso ao passado e imaginar como será o amanhã provoca uma intensa atividade mental e, conseqüentemente, grande desgaste de energia em vão.
O excesso de peso revela falta de habilidade para aguardar o momento certo para agir. Temendo insucessos, a pessoa se previne, elaborando uma série de planejamentos para garantir resultados promissores.
Confiança em si próprio e nos processos existenciais é um conteúdo escasso no universo interior das pessoas obesas.
Não havendo isso o corpo proporciona um revestimento de tecido adiposo que oferece uma falsa sensação de proteção e aconchego, que não é reconhecido no meio externo.
Exemplos disso ocorrem quando alguém passa por certos problemas, como ruptura de uma relação afetiva, perda do emprego ou queda financeira, apresentando significativo ganho de peso.
Isso significa que a falta de apoio afetivo ou material provoca uma lacuna emocional, que é compensada pelo revestimento de gordura no corpo.
Dedicar-se a reformular as condições interiores que figuram entre as causas metafísicas da obesidade representa um ingrediente fundamental nas dietas e exercícios que visam à redução ou ao controle do peso.
Esse trabalho interior compreende, entre outras coisas, sentir-se vitorioso pelo simples fato de existir em meio aos desafios existenciais, considerar a capacidade de superar obstáculos e expressar o potencial.
Não dependa dos bons resultados exteriores para promover a autoestima e elevar o amor-próprio.
Sinta-se bem o suficiente para realizar aquilo que cabe a você, sem depender do apoio ou consideração dos outros.
Você é a causa de tudo e, conseqüentemente, o único responsável pela própria felicidade.
Não fiquem apenas nos planos mentais, traçando estratégias; dedique-se à realização.
Procure pôr em prática cada pensamento, manifestando a possibilidade para realizar ou não aquilo em que você está pensando.
Quando o projeto for totalmente inviável, considere aqueles pensamentos como sonhos fantasiosos, que só consomem energia e distanciam você da realidade; seja objetivo e prático. Desse modo, seu corpo permanecerá em condições saudáveis e bem apresentável, sem que você precise sacrificar-se tanto com regimes e exercícios.
Você merece um corpo saudável e em boas condições; para tanto, sinta-se bom o bastante para fazer aquilo que cabe exclusivamente a você.
Não dependa dos outros nem de resultados concretos para seu bem maior.
- Gordura Localizada: Impulsos contidos e anseios camuflados.
Dependendo do padrão fisiológico de armazenar gordura em excesso, é possível distinguir dois tipos básicos de pessoas que estão acima do peso, as quais recebem a denominação de “maçãs” ou “pêras”.
As primeiras são as que têm gordura localizada no abdome (barriga).
Para aquelas cujo excesso de gordura está localizado na região inferior do corpo (quadris e coxas) atribui-se o nome de “pêras”.
Esses estereótipos se referem aos dois tipos mais comuns de reservas das células gordurosas.
No âmbito metafísico, gordura localizada na região abdominal ocorre em pessoas que apresentam dificuldade para manifestar suas vontades, bem como realizar os mais caros desejos.
São resignadas quanto à expressão dos próprios conteúdos.
Não se sentem no direito de saciar seus ímpetos.
São pessoas que sempre se empolgaram muito com aquilo de que gostavam; eram entusiastas e ficavam extremamente radiantes quando podiam realizar suas vontades.
Com o passar do tempo, surgiram outras necessidades; a vida exigiu novas posturas.
As responsabilidades forçavam o amadurecimento.
Por exemplo, a impossibilidade de praticar seus hobbies tomou-se um aborrecimento para a pessoa.
Geralmente as mudanças vêm acompanhadas de um desinteresse natural por algumas atividades que não condizem com a realidade presente.
Caso a pessoa não renove seus desejos, será difícil praticá-los.
A barriga surge exatamente nessa fase da vida, em que o processo de transição desencadeia certos conflitos interiores, gerados pelas frustrações.
A pessoa não se dá conta que sua realidade é outra.
Insiste em continuar como antes, mantendo os velhos padrões de comportamento.
A verdadeira maturidade vem seguida da abstenção de certos caprichos que não cabem no momento. Isso provoca o recalque de alguns impulsos.
A barriga surge como uma espécie de reflexo dos anseios camuflados.
O fato de a pessoa preservar certas vontades não é de todo mau.
O que ela não deve é negar a expressão desses impulsos básicos e esperar que os outros aprovem seu jeito de ser, incentivando-a a valorizar seus mais caros desejos.
A criança e o jovem vivem cheios de expectativas, acham-se plenos com os poucos conteúdos que apreenderam.
Consideram-se o máximo, principalmente quando estão praticando o que gostam.
Alimentam certo egocentrismo, achando que o mundo e as pessoas giram em tomo deles.
O fato de serem verdadeiros para consigo mesmos é algo fundamental para o bem-estar físico e emocional.
Não sabotar sua natureza para adapta-se à realidade é a melhor maneira de se relacionar com o meio, cultivando a própria condição interior.
Ainda que ninguém aprove seu jeito, ele deve ser soberano para você, digno de ser praticado num momento oportuno.
Reprimir os impulsos pode causar súbita manifestação, tumultuando o ambiente.
Ninguém se satisfaz indo à forra, agindo de maneira exagerada.
Nada que é forçado dá prazer.
A pessoa sai de um extremo da abnegação e vai para o outro, pondo em risco a harmonia. Vale lembrar que, quando você estiver bem, tudo à sua volta irá se estabilizar e a ordem irá reinar em sua vida.
A barriga surge na fase em que a pessoa está sufocando suas reais aspirações em nome de algo que está vivenciando intensamente.
Vejamos algumas das principais fases da vida que geralmente provocam a repressão das vontades, em razão das quais poderá surgir barriga.
Podemos até apelidar carinhosamente a barriguinha de acordo com aquilo que metafisicamente mais se destaca como fator causador desse acúmulo de gordura na região abdominal.
Barriga da profissão.
Revela a resignação dos prazeres em prol da carreira.
Surge quando a pessoa está se anulando em função das atividades profissionais.
O trabalho é desempenhado com exagerada seriedade.
Perdem-se a alegria e a descontração durante a realização das tarefas.
O aparecimento dessa "barriguinha" representa que o trabalho passou a ser exercido de maneira acirrada, sem o respeito às vontades próprias.
Os objetivos de galgar novos patamares de atuação na carreira tornaram se as únicas fontes de satisfação, perdendo-se qualquer outra forma de realização pessoal.
Procure não viver exclusivamente para o trabalho, porque, apesar de ele ocupar um importante papel em sua vida, não é a única fonte de realização.
É preciso cultivar outros aspectos, tais como relacionar-se harmoniosamente com as pessoas queridas e, principalmente, respeitar aquilo que é essencial em você, como os impulsos que vertem naturalmente na forma de desejos e aptidões.
Barriga da aposentadoria.
É aquela que aparece ou se acentua com a interrupção da atividade profissional.
Quando a pessoa não apenas trabalha com o que gosta, mas também tem no trabalho sua única fonte de satisfação, aposentar-se a faz sentir-se tolhida em seu universo de realizações.
Há pessoas que não podem parar, porque praticamente deixariam de ter um sentido de vida. Para essas, uma das evidências da transição com o advento da aposentadoria é a acentuada presença da barriga, que denota um significativo freio nos impulsos vitais.
Para superar o abalo emocional e manter-se bem físicamente, é necessário que a pessoa descubra novas fontes de satisfação e renove seus objetivos, empenhando-se com motivação em busca de outros horizontes de realizações.
Barriga do relacionamento.
Sua manifestação mais comum ocorre após o casamento, afetando principalmente os homens. Representa que a pessoa camuflou seus desejos na tentativa de integrar-se com o parceiro. Para manter uma convivência amistosa e viver em paz com seu bem querer, precisou negar alguns anseios, reprimindo suas aspirações.
Vale lembrar que a felicidade afetiva não é obtida por meio, da repressão dos impulsos, mas sim de um novo direcionamento das vontades, administrando-as com a realidade.
Uma pessoa mimada, por exemplo, quer fazer tudo aquilo de que gosta na hora em que tiver vontade. Obviamente, quando estabelece uma convivência, surgem outras necessidades.
Será preciso aprender a administrar uma vida a dois ou em família, de forma a não fugir às responsabilidades nem negar a prática daquilo que é prazeroso.
Tudo é questão de programar melhor as atividades.
Afinal, agora não é mais como antes, quando a pessoa se encontrava sozinha; agora sua agenda pessoal é compartilhada com os integrantes da família.
Administrar a convivência sem comprometer as próprias satisfações exige empenho e determinação.
A felicidade depende da habilidade de preservar as próprias vontades e compartilhar os momentos agradáveis com quem amamos.
Não querer abrir mão dos próprios caprichos num momento em que é impossível realizá-los é uma atitude inconseqüente.
O parceiro terá de apontar a impossibilidade de realizar aquilo que a pessoa quer.
Esta, ofendida, projetará suas frustrações naquele que a alertou das limitações impostas pela realidade.
Atitudes como essa revelam a imaturidade da pessoa em relação à convivência familiar.
Em vez de amadurecer no processo existencial, camufla seus anseios, frustrando suas expressões na vida.
Com o tempo, surgem as crises no relacionamento, que na verdade são causadas pelos recalques implantados sobre si, diante da realidade.
Depois de um tempo, tudo isso vem à tona, gerando uma série de desconfortos na convivência. A pessoa entra em crise, achando que os outros a sufocaram, quando na verdade foi ela que não conseguiu preservar suas satisfações.
Por falta de habilidade para manifestar suas vontades em meio a outras necessidades, rendeu-se aos imprevistos, sufocando seus desejos. Na tentativa de agradar aos outros, conteve-se, até que não aguentou mais, entrando em crise existencial, que se projeta nos relacionamentos.
A verdadeira causa de crises dessa natureza é a resistência da pessoa em amadurecer para lidar com os novos processos existenciais.
Barriga da maternidade.
O nascimento de um filho é motivo de muita alegria para o casal, em especial para a mulher. Renova os objetivos, desperta a motivação, faz renascer as esperanças e a motivação pela vida.
Nessa fase é comum o surgimento de uma "barriguinha", denunciando a camuflagem dos desejos. A própria força que desabrocha com a chegada do bebê acaba sendo reprimida com os excessos de zelo, as preocupações excessivas com o futuro da mulher, agora com um filho "no colo", ou mesmo com o futuro da criança, nesse mundo repleto perigos, incertezas, etc.
Na verdade, as próprias expressões da mulher ficam contidas.
Seus objetivos, a carreira, coisas que antes geravam intensas vontades, agora não mais são praticadas.
Parece existir uma mulher anulada atrás de uma mãe dedicada.
Certas necessidades são naturalmente transformadas, mas há alguns desejos que são negados. Esses nem se comparam com as intensas satisfações que o filho proporciona;
No entanto, as pequenas frustrações irão pesar lá na frente, quando não contará mais com a grande aproximação da criança, que seguirá seus passos, por outras direções na vida.
Nesse momento, as lacunas femininas geradas pela anulação da mulher recairão sobre ela como um pesado fardo da vida, gerando desconforto e insatisfações.
Para evitar que isso aconteça, você poderá alterar a maneira com que vem mantendo essa experiência, isto é, viver todas as satisfações agradáveis que o filho proporciona, apreciar o sabor da maternidade, mas sem anular a mulher que existe em você; aproveitar cada sensação agradável que o filho desperta, sem sabotar a própria felicidade com as preocupações excessivas que não cabem exclusivamente a você evitar.
Procure curtir intensamente esses momentos que expressam a magia da vida de uma mulher.
Em alguns casos, quando a mulher precisa trabalhar e deixar o filho com outras pessoas, isso reprime o desejo de estar com ele o tempo todo.
Nesse caso, seus impulsos mantêm-se camuflados, permanecendo reprimidos na região do tórax, podendo desencadear o surgimento da "barriguinha" na região abdominal.
No geral, o surgimento da gordura localizada na região abdominal reflete a necessidade de a pessoa gostar mais de si própria, no sentido de realizar suas vontades, buscar ser querida pelo que é, e não ser badalada pelos outros somente por atender às expectativas feitas sobre ela.
Preserve seu estilo, pois quem conheceu você de um jeito pode estar conspirando a favor de sua mudança de hábito, por ser mais conveniente a ele.
Essa atitude, porém, poria um fim em sua chance de ser realizada e feliz.
Gorduras alojadas excessivamente na região dos quadris e coxas tomam a pessoa mais gorda na parte inferior do corpo (característica: "peras").
Metafisicamente, esse estereótipo representa que a pessoa deixou de ser audaciosa, contendo a força expressiva. Sempre se lançou corajosamente na conquista de um futuro promissor, porém deixou de manifestar essas qualidades após certos obstáculos traumáticos que abalaram a confiança em si mesma.
A pessoa perdeu as referências próprias, passando a buscar apoio nos outros.
Ela tanto pode tornar-se dominadora, querendo controlar a vida dos entes queridos, quanto viver em torno daqueles que estão em volta, fazendo o possível para agradá-los. Exagera nas dedicações, tornando-se extremamente prestativa para com as necessidades alheias, esquecendo- se de si própria.
No que se refere às questões de interesse geral, que correspondem ao ambiente, age com eficiência e dinamismo. Atende às necessidades dos outros com a presteza de uma mãe.
Já quando é para cuidar de suas próprias coisas, perde o desembaraço e deixa de ser criativa. Não sabe tirar proveito das situações ao redor, envolve-se com tudo, mas não consegue determinar nada para si. Não implanta obras que realmente garantam o futuro, tampouco investe naquilo que é só seu.
Precisa estar sempre vinculada a alguém, não se dá conta de que tudo aquilo que é dirigido aos outros, como dedicação e até mesmo préstimos de serviço, a si também precisa dedicar, caso contrário passará a vida em função daqueles que a cercam, abandonando os próprios anseios e objetivos.
Procure dar a si aquilo que você tem esbanjado aos outros, como atenção, carinho e dedicação, pois, desse modo, irá fortalecer sua segurança, promover a autoestima e diminuir a dependência.
Despoje-se das amarras e sinta-se livre para lançar-se naquilo em que você acredita.
Use sua criatividade e poder de controlar as situações em prol de seus sonhos.
Você consegue ser feliz com o autoapoio e determinação.
Acredite em você.
- Magreza: Sentir-se desamparado.
Metafisicamente, as pessoas magras ultrapassam todos os seus limites em prol das realizações.
Vivem em função de alcançarem resultados promissores de sua atuação na realidade.
Quando solicitadas a colaborar com alguma atividade, sentem-se compromissadas a participar. São responsáveis e buscam alcançar o máximo de eficiência.
Não possuem boa consideração de si próprias e ficam constrangidas com a presença de alguém quando estão realizando alguma atividade.
Dependem da aprovação dos outros, por isso não se desembaraçam
Pena agir livremente nas atividades.
Buscam fora aquilo que não reconhecem existir em si mesmas.
Raramente conseguem concretizar os objetivos.
Quando o fazem, é porque insistiram muito, tiveram de exagerar nas ações para alcançar poucos resultados. Quando são desafiadas ou mesmo indagadas, não sabem posicionar-se em sua própria defesa.
Tendem a se colocar na condição de vítimas, esperando que os outros se mobilizem em seu auxílio
Se o fizerem, reforçam ainda mais sua fragilidade e insegurança.
Têm dificuldade de interagir com o meio, principalmente com as pessoas.
Sentem-se inferiores, inadequadas, e fogem disso dedicando-se exageradamente às atividades. Procuram realizar feitos grandiosos, para que suas obras as promovam, resgatando sua dignidade e conquistando o respeito de todos que as rodeiam.
Querem sempre mais do que são capazes de alcançar.
Agem de maneira ansiosa, comprometendo seus afazeres.
Fazem tudo ao mesmo tempo, comprometendo a qualidade de suas ações.
As pessoas que estão abaixo do peso precisam acreditar mais em si mesmas, considerar sua capacidade realizadora, executar suas obras objetivando os bons resultados, e não precisam provar aos outros que são eficientes para angariar consideração e respeito.
A reformulação interior, além de proporcionar bem-estar, também colabora para solidificar os empreendimentos, favorecendo os resultados concretos obtidos por meio de nossas ações.
- Paratireóides: Segurança interior e crença em si mesmo.
Paratireóides são quatro pequenas massas de tecidos arredondadas, compostas de dois pares de pequenas estruturas ovóides, localizadas logo atrás da glândula tireóide, uma de cada lado de seus pólos superior e inferior.
Dentre as funções dos hormônios das paratireóides, destacam-se a ajuda para ativar a vitamina D e o aumento da absorção de cálcio e fosfato por parte do intestino delgado para o sangue.
Promove o equilíbrio dos níveis de cálcio flutuante no sangue.
No âmbito metafísico, as paratireóides representam a manifestação da consistência interior, fé e segurança.
Essas qualidades são imprescindíveis para o bom funcionamento das glândulas, que, por sua vez, equilibram importantes atividades corporais.
Procure crer em si mesmo e em sua capacidade realizadora.
Confie nos processos existenciais, que garantem a chance para o sucesso.
As satisfações positivas obtidas por meio das vitórias devem ser os principais objetivos de suas ações; não queira provar aos outros que você é eficiente. Toda e qualquer tentativa nesse sentido representa insegurança e falta de apoio a si próprio, porque quem crê em si não depende de aprovação e sim realiza aquilo de que gosta, faz sua parte, executando as tarefas pertinentes às próprias escolhas ou mesmo aos compromissos assumidos.
É desconfortável tentar provar às pessoas que somos bons o bastante.
Isso exige muito empenho, desgastando energia que poderia ser direcionada para as novas conquistas. Além disso, quebra a harmonia do ambiente.
A insistência e o exagero em evidenciar aquilo que promove certo destaque perante aqueles que nos cercam, mais incomodam do que acrescentam conteúdos positivos aos outros. Atitudes dessa natureza, em vez de aproximarem as pessoas, distanciam-nas.
A falta de confiança e fé em nós mesmos faz com que nos tornemos inconvenientes.
Perdemos o senso de integração com o ambiente, passamos a agir de maneira desenfreada, sem coerência nem respeito a nós mesmos ou ao próximo.
Outra atitude que expressa a fragilidade interior é aquela em que a pessoa adota um conteúdo externo como sendo uma verdade absoluta.
Engaja-se em movimentos, filosóficos ou mesmo religiosos, achando que descobriu o único caminho para a realização. Quer divulgar isso para qualquer um que se aproxime, em especial para os que estão mais próximos, como os familiares e amigos.
Torna-se fanática pelos princípios aprendidos, conduz sua vida exatamente como aprendeu ser correto. Também induz os outros a adotar semelhante crença.
O fanatismo é comum nas pessoas com baixa autoestima.
Elas adotam uma causa e sentem-se fortalecidas com aquilo que passa a ser o principal eixo de sustentação interior.
Tudo que for profundamente integrado ao ser ou incorporado pela pessoa passa a fazer parte de sua vida de maneira harmoniosa.
Não se cometem exageros em nome das crenças tampouco se tumultua o ambiente com insistências.
Também não se desrespeitam os outros querendo impor-se suas verdades.
Quando a pessoa acredita, ela é tomada por algo que vem da alma e preenche o universo consciente com a mais absoluta certeza.
A fé dispensa qualquer exagero.
A convicção é tão grande, que aquilo em que acreditamos se toma totalmente possível de ser alcançado.
Esse estado interior exala no meio e transforma o ambiente, tornando-o extremamente favorável a nós.
Contrária ao fanatismo que depende de constante insistência da pessoa, a fé é uma condição que se manifesta por si só, criando perspectivas favoráveis a nossos intentos.
Crer na capacidade de concretizar aquilo que for idealizado.
Por fim, a condição interior é definida pelos conteúdos emocionais e não pelas conquistas materiais.
O sucesso depende do estado em que a pessoa se encontra, tanto para conquistá-lo, quanto para mantê-lo.
Apoiar-se em si mesmo representa um importante suporte interior para garantir a realização pessoal.
O melhor da vida é conquistado por aquele que dá o melhor de si e empenha nas tarefas todos os recursos, os quais incluem a dedicação e a criatividade.
O estado interior não é definido pelas conquistas materiais propriamente ditas, mas sim pela maneira como lidamos com aquilo que temos.
Usar os bens materiais para fortalecer a autoestima, auto-afirmar-se ou inferiorizar os outros, exibindo aquilo que conquistamos, demonstra imaturidade.
Agir assim retarda o aprimoramento interior que também ocorre pelos processos existenciais.
Continua
Nenhum comentário:
Postar um comentário