Sistema nervoso
- Nervos: Intercâmbio entre o ser e a vida.
O sistema nervoso periférico é constituído por nervos, gânglios e terminações nervosas.
Os nervos são espécies de cordões esbranquiçados, que tem as funções tanto de levar estímulos do Sistema Nervoso Central para o corpo, quanto de trazer os impulsos nervosos dos músculos e órgãos ao Sistema Nervoso Central.
Eles distinguem-se em dois grupos: os cranianos e os espinhais.
Os nervos cranianos são formados por doze pares e estão localizados na região da cabeça e no interior da caixa craniana.
Uma parte deles inerva a face; os olhos, possibilitando a visão e os movimentos do globo ocular; o nariz, sendo responsável pela sensibilidade olfativa, que identifica os aromas.
O maxilar, a mandíbula, os dentes, etc.; são inervados por um nervo chamado trigêmeo.
Outra parte faz a conexão diretamente com o encéfalo (núcleo do Sistema Nervoso Central), executando o trânsito de informações entre algumas estruturas do próprio Sistema Nervoso Central.
Os nervos espinhais são formados por trinta e um pares de nervos, que fazem a conexão entre a medula espinhal (região da coluna vertebral) e as extremidades do corpo, inervando os membros, órgãos e músculos.
Dentre eles destaca-se o nervo ciático.
No âmbito metafísico, os nervos refletem a maneira como a pessoa se liga ao mundo e a si mesma.
Os nervos espinhais, por exemplo, equivalem ao elo com o mundo exterior e ao tipo de contato que são estabelecidos com as situações existenciais e com as pessoas que estão à volta. Esse vínculo com a realidade engloba tanto a disposição para acatar os acontecimentos, quanto a expressão das vontades ou o manejo das habilidades necessárias para alcançar os objetivos.
Eles representam uma espécie de “via de mão dupla”, por meio da qual transitam informações de dentro do corpo para fora, e do ambiente para a pessoa, promovendo a interação com a vida.
Por meio das fibras sensitivas (nervos), torna-se possível vincular-se ao meio, manifestando os conteúdos interiores.
A realidade é uma extensão da condição interna.
Os pensamentos e os sentimentos cultivados pela pessoa são transferidos para o meio externo. Pode-se dizer que o externo condiz com as condições internas. Também, aquilo que é identificado nos outros existe em si mesmo.
Na interação, tanto o ambiente é influenciado pela pessoa, como também exerce significativa influência sobre os seus sentimentos e condutas.
Para a pessoa exercer influência transformadora sobre o meio, faz-se necessário admitir os fatos, sem fugir ou negar aquilo que é desagradável.
Também é preciso conscientizar-se dos potenciais latentes no ser.
Essa ligação para consigo mesma, metafisicamente, refere-se aos nervos cranianos. Eles favorecem o contato com o mundo mental, possibilitando a autoconsciência.
A conexão com as forças interiores mobiliza os potenciais para promover interferências no meio em que se vive.
Antes de qualquer intervenção no meio exterior, faz-se necessário estabelecer a ordem mental.
Controlar os pensamentos e se concentrar; estabelecer prioridades e fazer as escolhas; isso aumenta a chance de sucesso numa determinada ação.
A organização interior, por si só, mobiliza as forças internas, que são potenciais criativos e transformadores do ambiente em que vivemos.
O desenvolvimento das nossas faculdades, basicamente se define na autoconsciência, na ordem interior polarizam as forças vivificadoras, que se deslocam para o meio externo, promovendo as transformações necessárias ao bem viver.
Pode-se dizer que realizamos no mundo aquilo que formos capazes de implantar em nós mesmos.
O princípio das modificações é interno; começa em nós e se desloca para o ambiente.
A conquista do que almejamos depende do bom uso das faculdades interiores, tais como pensar ordenadamente, acreditar em nós mesmos, sentir-nos merecedores de gozar dos privilégios que a vida oferece.
Encarar as necessidades exteriores como obrigações desestimulará a nossa participação ativa nos afazeres. As incumbências da vida tanto podem nos motivar quanto nos reprimir; isso depende da maneira como as encaramos.
A ótica desafiadora nos motiva a transpor os obstáculos.
Já a obrigatoriedade induz à auto sabotagem ou à repressão das nossas faculdades interiores.
Quando nos encontramos desanimados para exercer as tarefas cotidianas, devemos refletir acerca do significado que estamos dando àquelas práticas.
Caso não encontremos nessas situações algo que justifique a nossa indisposição, convém tentar identificar em que área da vida o nosso ser não está manifestando suas vontades e reprimindo o sentimento.
Conscientes do que estamos fazendo com nossa essência, ao camuflar os mais íntimos sentimentos, precisamos encontrar alguns meios para conciliar a execução das vontades, sem comprometer as situações que nos cercam.
O fato de vivermos contrariados por não termos sido fiéis às expressões do ser, torna o cumprimento das demandas do trabalho, algo extremamente pesaroso.
Isso pode mudar se resgatarmos a satisfação em preservar a natureza íntima e, nas ocasiões oportunas, realizarmos o que a nossa “alma” pede.
Quando as obrigações forem dosadas com as satisfações, há significativo ganho de motivação.
- Gânglios: Limite entre a estagnação e o sucesso.
Os gânglios tem a mesma equivalência dos núcleos dos neurônios do Sistema Nervoso Central, só que eles estão no Sistema Nervoso Periférico.
São espécies de dilatações dos nervos, também conhecidos como grupos de corpos celulares.
Na metafísica, os gânglios nervosos equivalem ao encaminhamento das vontades ou a direção e fluidez dos talentos, proporcionando os meios necessários para a realização do ser na vida.
Quando encontramos possibilidades de manifestar os potenciais ou realizar os nossos anseios, aumentamos as chances de sermos bem-sucedidos na área em que atuamos.
Além dessa condição promissora, conseguimos interiormente a satisfação pessoal.
Existem situações chaves no processo existencial.
São ocorrências decisivas que, a partir de um determinado evento, promovem o encaminhamento para o sucesso.
São eventos que podem ser bons ou ruins, mas determinam uma nova trajetória existencial. Pode ser também o surgimento de uma pessoa, seja um amigo, um sócio ou um novo amor.
Tudo isso pode representar uma espécie de “divisor de águas” entre um estilo de vida e outra configuração existencial.
Ao observar os resultados promissores obtidos no seu passado, por exemplo, você vai notar algum ponto que foi decisivo para alcançar o referido sucesso.
Sempre existem na história pessoal momentos ou situações, que apesar de muitas vezes não terem se apresentado de maneira relevante, tornaram-se extremamente significativos, como se fossem “pilares” de sustentação de uma nova vida.
Portanto, quando sua vida parece não ter um sentido maior ou uma direção que o incentive a seguir os seus ideais, quem sabe até faça uma espécie de apadrinhamento, possibilitando os meios necessários para a realização dos seus objetivos.
Do mesmo modo que é importante nunca desanimar, tampouco parar de sonhar, também é imprescindível manter os “pés no chão”.
Pois é na realidade presente que surgem as condições necessárias para você atingir seus objetivos. Quando menos se espera a oportunidade pode aparecer.
Ela costuma emergir do próprio meio.
Não obstante, as dificuldades, no seu campo de atuação, geralmente estão inseridas nas condições promissoras.
Se há algo que deve ser levado em consideração, é o fato de as ocorrências positivas que aparecem no caminho se configurarem de maneira simples.
Elas praticamente se confundem com os eventos rotineiros, mas representam um novo curso para a sua história de vida. Não espere ocorrências grandiosas para dar início a sua trajetória de sucesso; interaja com os eventos presentes, pois são deles que você extrai os meios para ser bem-sucedido.
O que é bom, e vai realmente ajudar, surge de maneira discreta, sem tanto alarde. No entanto, as propostas de grandes possibilidades costumam não dar em nada. Essas situações equivalem a um princípio existencial muito verdadeiro: o que é para o bem costuma aparecer naturalmente e de maneira suave, já o mal geralmente vem com promessas de grandes realizações.
Há um dito popular que exprime isso da seguinte forma: “Quando a esmola é demais, até o santo desconfia”
Assim sendo, não espere as grandes ocasiões para dar o melhor de si, faça o máximo que você puder, mesmo em se tratando das coisas mais simples do seu cotidiano.
Procure viver intensamente cada momento da sua trajetória de vida.
Lembre-se: é do presente que se extrai os maiores frutos da existência, seja por meio da satisfação do que se passa ao redor ou pelas possibilidades de um encontro com alguém; ou ainda, de algum evento que se passa no meio.
A vida é preciosa demais para ser sufocada com expectativas futuras.
A realidade presente é fonte de vida, enquanto as expectativas futuras são meras conjecturas mentais que dificultam a nossa interação com o que é real.
- Terminações Nervosas: Raiz da alma implantada na vida.
As terminações nervosas estão situadas nas extremidades, tanto nas fibras nervosas motoras, quanto nas fibras nervosas sensitivas.
No tocante às terminações nervosas motoras, elas são denominadas placas motoras.
A grande maioria delas descarrega estímulos para os músculos, promovendo os movimentos corporais.
As terminações nervosas sensitivas são estruturas especializadas em receber estímulos físicos ou químicos, tanto da superfície do corpo, proporcionando a sensibilidade aos estímulos externos, quanto do seu interior, permitindo a identificação das sensações geradas pelo próprio organismo.
Os estímulos dos receptores sensitivos originam os impulsos nervosos, que caminham pelas fibras, em direção ao Sistema Nervoso Central.
As principais estruturas de sensibilidade aos estímulos químicos são as gustativas e as olfativas.
As terminações nervosas gustativas, por exemplo, estão localizadas na região da língua. Elas são capazes de determinar as sensações de doce, azedo, amargo, etc.
As terminações nervosas especializadas na captação dos estímulos físicos estão, na sua maioria, localizadas na pele e nas mucosas.
Esses receptores são especializados para os agentes causadores do calor, frio, pressão e tato.
No que diz respeito às sensações livres, isto é, não há uma estrutura receptora, especializada somente para esse tipo de estímulo. Portanto, a dor é captada por diversas terminações espalhadas por todo o organismo.
Em se tratando de fibras nervosas especializadas na identificação daquilo que se passa ao redor e também na percepção das sensações viscerais, as terminações nervosas possuem equivalência metafísica à percepção de si mesmo e também à identificação dos eventos exteriores.
Conhecer-se promove atitudes de respeito aos próprios limites, evitando a autoagressão. Também permite adotar posicionamentos condizentes com a natureza íntima, favorecendo o encaminhamento das nossas vontades.
Atuamos na vida com mais coerência e precisão.
Não perdemos tempo com picuinhas; por outro lado, não deixamos de reconhecer o valor de uma pequena ocorrência ou ainda de um gesto afetivo de alguém. Comportamo-nos de forma a respeitar os outros e a nós mesmos.
Quanto mais próximos formos daquilo que acontece ao redor, melhor a chance de sermos bem-sucedidos no ambiente em que atuamos.
A consciência simultânea dos ideais e das situações presentes, melhora a chance de realização pessoal na vida.
Quem fica obcecado pelos seus ideais e indiferente ao presente, deixa passar as oportunidades.
Por outro lado, aquele que vive em torno das questões exteriores ou dos outros, não constitui nada de efetivo para sua vida.
Tudo passa, mas ele não se apropria de nada.
As amizades são passageiras, os relacionamentos não perduram e o trabalho se acaba; não fica com posse dos benefícios resultantes do que realizou.
Um comentário:
gostei, objetivo e claro....
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