quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Caibalion e o Princípio de Ritmo


"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação" - O CAIBALION
O Princípio de Ritmo encerra a Verdade de que em tudo se manifesta um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, semelhante a um pêndulo. Existe uma ação e uma reação constantes, que ocorrem sempre entre os dois pólos extremos do Princípio de Polaridade, abordado anteriormente. É como um eterno ciclo que se renova, simbolizado hermeticamente pela serpente Ouroboros.
Isso acontece no Universo em todas as escalas: no Homem, nos animais, na energia e na matéria. Os Sábios compreenderam este Princípio e reconheceram sua aplicação universal, desenvolvendo métodos e fórmulas para dominar seus efeitos. Não é possível anular o Princípio ou impedir suas operações, mas é possível escapar dos seus efeitos através da compreensão desta Lei.
Imagine um pêndulo que oscila entre dois extremos: na base deste pêndulo estaria o homem comum, ignorante das Leis Universais que agem sobre ele. Sem a compreensão destas Verdades, ele é incapaz de dominá-las, e assim segue sendo apenas uma vítima da ação deste (e de outros) Princípios (Exemplo 1).
Aquele que compreende a ação do Princípio de Ritmo é capaz de diminuir consideravelmente seus efeitos nocivos, mantendo-se equilibrado (Exemplo 2), como se escalasse a corda do pêndulo. Assim, mais próximo do ponto de equilíbrio (ou centro da roda), sentirá menos a oscilação entre os extremos.
Por exemplo, sua ira nunca será suficiente para cegar o seu Amor, e tampouco seu Amor irá cegar seus olhos para aquilo que deve ser feito. Dessa forma, nunca chegará a extremos onde o Amor se tranforme em Ódio.
Muitos indivíduos chegam a atingir certo grau de Domínio sobre esta Lei de forma inconsciente, mas os grandes Hermetistas são capazes de atingir níveis inacreditáveis de firmeza e auto-domínio através da doutrinação de suas Vontades, aparentando estar fora da oscilação entre os pólos.

Um bom exemplo de descrição da ação conjunta dos Princípios de Polaridade e Ritmo foi descrito por S.Y. Agnon, prêmio Nobel de literatura, em seu conto "Ascensão e Queda", que diz que "o lado que sobe até o ponto mais alto vai descendo cada vez mais baixo, e o lado que desce até o ponto mais baixo vai subindo cada vez mais alto".

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