terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Metafisica da Saúde

Sistema Nervoso
 
- Transtorno Bipolar do Humor: Instabilidade emocional e falta de sustentação interior.
Estudos recentes do comportamento humano classificaram os temperamentos que migram subitamente de um extremo para o pólo oposto como transtorno bipolar do humor.
As características sintomáticas observadas nesse transtorno revelam-se em forma de comportamentos alternados entre depressão e euforia, associados à irritabilidade; ataques de fúria, agressividade e acesso de raiva; impulsividade e dificuldades nos relacionamentos com a família, no trabalho e também com os amigos.
No tocante à sexualidade, observa-se um intenso apetite para o sexo.
Dentre os principais sintomas destacam-se: depressão com humor irritável; agitação física e/ou mental (psicomotora), inquietação que se alterna com apatia; mania de grandeza e necessidade de aparecer e ser o centro das atenções, seguidas de ataques de inadequação; pensamentos desgovernados, isto é, pensar em várias coisas ao mesmo tempo.
Esse estado ansioso leva as pessoas a lidarem com os acontecimentos de maneira exacerbada, tornando-se num determinado momento intensas, veementes e até agressivas.
Imediatamente, passam para o polo oposto, comportando-se de maneira tímida, indiferente e deprimida.
Dentre as hipóteses levantadas como causas do transtorno bipolar, destaca-se a hereditariedade, ou seja, o histórico familiar de outros membros com quadros semelhantes. Também é apontado o uso abusivo de medicamentos estimulantes, álcool, etc.
Surge com mais frequência na infância e na adolescência.
É quando o jovem apresenta ataques prolongados de raiva ou agressividade; essas reações são conhecidas como uma espécie de tempestades comportamental.
 
Comecemos a compreender os aspectos metafísicos, desde o surgimento mais frequente do transtorno, na juventude.
Os jovens acometidos pelo TBH são inconstantes e emocionalmente instáveis.
Ora se superestimam, achando-se os maiores do mundo, ora comportam-se como se fossem insignificantes perante o grupo.
Isso pode acarretar na transição entre a fase de criança e a maturidade.
Ao ultrapassarem as barreiras do lar, no início do processo de socialização (na adolescência), os jovens perdem a referência familiar que tinham conquistado.
O lugar que ocupavam na família não se transfere para a sociedade.
Eles precisam recomeçar um movimento de conquista de espaço e de identidade social, consequentemente, profissional. É quando a insegurança se acentua, podendo causar reações extremistas, de súbita variação de humor.
A irreverência muito comum entre os jovens é um reflexo da frustração causada pela falta de espaço na sociedade.
O fato de alguns jovens apresentarem uma exagerada irreverência, chegando a ser agressivos, esboça a falta de mobilidade deles, por exemplo, entre os amigos. Como mecanismo de compensação, querem se impor perante os outros e se supervalorizar.
Mas instantes depois, diante de pequenas frustrações, retraem-se, comportando-se de maneira melancólica e deprimida. Esses estados são característicos da baixa resistência emocional do jovem e provocam a intolerância às decepções.
Apesar do surgimento do TBH ocorrer com mais frequência desde a juventude, é na fase adulta que isso fica mais evidente. Ou pelo menos, é quando ocorre tal diagnóstico.
Os adultos com sintoma de TBH costumam exagerar na imposição das suas vontades, geralmente esboçando comportamentos hostis e excedendo na agressividade de forma a causar espanto naqueles que os rodeiam.
É muito difícil conviver com pessoas que tem a síndrome do TBH: elas são inconstantes nas reações. Nunca se sabe qual comportamento esperar delas diante das situações inusitadas. A forma como vão reagir é sempre uma surpresa, a cada hora esboçam uma reação diferente.
Repentinamente passam a agir de maneira oposta: isolam-se, mergulhando numa súbita apatia e depressão.
Essas variações de comportamento são comuns nas pessoas que sofrem do transtorno bipolar do humor.
A velocidade dos pensamentos dificulta exercer controle sobre si mesma, de tal maneira que nem a própria pessoa consegue se compreender ou mesmo se tolerar. Fica difícil organizar-se interiormente para agir com coerência no meio externo.
Quando estão ativas, costumam se vangloriar e supervalorizar-se perante os outros.
Volta e meia fazem sua propaganda, enaltecendo o seu desempenho.
Julgam-se exímias, focalizando os méritos e suas conquistas, usando-os como modelo de sucesso.
Não raro, humilham os outros, inferiorizando-os ao compará-los a si mesmas, enfatizando as situações em que foram bem-sucedidas naquilo que fizeram.
Esse mecanismo refere-se a um comportamento de autoafirmação.
A pessoa enaltece o seu desempenho, sem ser tão prática tampouco eficiente, quanto se julga.
O seu grau de satisfação é baixo, pois nem sempre realiza os seus projetos de vida. As expectativas acerca de si mesma e em relação aos outros ou mesmo sobres os resultados, são muitas.
Obviamente, os resultados não são condizentes com o que foi almejado.
De si mesmas, cobram a perfeição, dos outros, que eles sejam exímios no que lhes foi delegado; no tocante aos resultados, esperam o melhor.
Como a realidade dos fatos não corresponde aos seus anseios, frustram-se.
E, por não saber lidar com as decepções, deprimem-se com frequência.
As pessoas que sofrem de TBH são intensas no que fazem. Principalmente quando a situação é prazerosa, elas tem dificuldade de se controlar, facilmente cometendo exageros. Não sabem lidar com limites; todas as vezes que são barradas, vivenciam elevados níveis de frustração. Como não tem fibra para lidar com elas, desesperam-se e vão para o outro extremo, deprimindo-se.
Nos momentos de euforia, cobram muito das pessoas que as cercam, exigem dos outros o que elas próprias não são capazes de fazer.
As pessoas com TBH, não zelam pelo seu bem-estar interior, geralmente desprezam suas emoções. Focalizam exageradamente as situações externas, dando mais valor aos outros do que a si mesmas e se comportando de maneira hostil nos momentos de pico da agressividade.
A ofensa é um mecanismo ambivalente de atacar aqueles que são significativos na sua vida. O autoabandono, além da agressividade, pode provocar a depressão, que é um reflexo da anulação de si, perante os outros.
Para reverter esses processos de alteração súbita de comportamento, com pico de agressividade ou de depressão, é necessário não se incomodar tanto com as opiniões alheias, dedicar-se mais na realização dos seus objetivos, ser eficiente, determinado e não viver em função da aprovação dos outros.
Deve-se organizar os pensamentos, pois a dificuldade em manter uma linha de raciocínio é pior do que a oscilação de humor.
Procure se fortalecer emocionalmente.
Desenvolva um suporte psicológico para enfrentar as frustrações.
Deixe de ser tão melindroso.
Aceite as pessoas do jeito que são e a realidade da forma que se apresenta.
Reduza as expectativas.
Compreenda que tudo acontece no seu devido tempo e em proporções suficientes para a ocasião. Não adianta esperar muito de um momento apenas, nem querer que aconteça logo o que se anseia.
Ao preservar essas atitudes torna-se, possível fortalecer as emoções e conquistar a estabilidade do humor.
As pessoas que apresentam o transtorno bipolar de humor, devem ter consciência do significado de suas reações, compreender, por exemplo, o que as levam a se comportarem de um jeito desagradável, para poderem ser reformular interiormente, transformando os seus pontos fracos em fatores emocionalmente bem elaborados.
A estabilidade emocional adquirida por meio do autoconhecimento, possibilita o autocontrole, evitando a frequente oscilação de humor.
 
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): Falta de confiança em si. A pessoa cria fantasias trágicas e obriga-se a cumprir alguns rituais.
O TOC é um transtorno mental e de ansiedade, que se apresenta em forma de alterações do comportamento, com a presença de rituais, compulsões, repetições e evitações, tais como não tocar em algo ou evitar certos lugares.
Também ocorre como perturbações mentais em forma de dúvidas obsessivas ou demasiadas preocupações, acompanhadas de fortes emoções: medo, aflição, desconforto, culpa e depressão.
A principal característica é a presença de obsessões: pensamentos e imagens que invadem a mente, gerando impulsos ansiosos, sensações de desconforto, ocasionando as compulsões ou rituais.
Os comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos são realizados para minimizar as aflições que acompanham as obsessões.
As idéias obsessivas não são simplesmente medos exagerados e persistentes relacionados a problemas reais da vida da pessoa, mas sim, preocupações estranhas, impróprias e sem fundamentos, que invadem a mente de forma perturbadora.
Apesar de serem absurdas ou ilógicas, causam ansiedade, medo e aflição.
A pessoa tenta resistir ou ignorar essas idéias, mas não consegue livrar-se delas. Ao realizar os rituais, as compulsões ou evitações, buscam uma maneira de anular essas perturbações mentais.
Dentre as obsessões mentais mais comuns, destacam-se: preocupações excessiva com limpeza, repulsa de sujeira, medo de germes e contaminações; idéia fixa em relação à simetria, exatidão, ordem, sequência e alinhamento; necessidade em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar demasiadamente; pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas; palavras, nomes, cenas ou músicas repentinas e indesejáveis; medo de doenças ou excesso de zelo com o corpo.
No TOC as obsessões são seguidas de compulsões, que visam a extinguir os pensamentos dominantes, por meio de regras que devem ser seguidas sistematicamente.
Compulsões são comportamentos repetitivos, como lavar as mãos, fazer verificações, etc., ou seja, aquilo que é realizado metodicamente.
Elas também podem ser meramente psicológicas, como repetir mentalmente palavras ou frases, cantar, rezar, etc.
Esses e outros comportamentos ou manifestações mentais são destinados a suavizar os desconfortos causados pelas obsessões.
Eles visam a prevenir o acontecimento de alguma cisma que persegue a pessoa.
Ainda que seja impossível acontecer o que a pessoa cismou, e mesmo as medidas preventivas sendo subjetivas, é uma maneira que ela encontrou para minimizar a sua ansiedade.
Geralmente as preocupações que afligem as pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo, não tem fundamento, mas dificultam o desenvolvimento das atividades existenciais.
Elas acreditam, por exemplo, que a não realização de uma tarefa ou de um ritual poderá provocar algo ruim.
A síndrome do TOC pode manifestar-se em qualquer momento da vida.
A fase crítica é por volta dos quarenta anos.
A maioria dos adultos com TOC relata que os sintomas tiveram início desde a infância, principalmente na adolescência, e foram acentuados no início da vida adulta, por volta dos vinte anos.
Aprendemos a conviver com os medos e as preocupações que fazem parte do nosso dia-a-dia tomando certos cuidados.
Essas medidas cautelosas, tornam-se sistemáticas, podendo ser repetidas algumas vezes ao dia.
Dentre os comportamentos metódicos destacam-se: fechar a porta antes de deitar; lavar as mãos antes das refeições ou depois de usar o banheiro; evitar usar toalhas de mão ou rosto que já foram usadas; não tocar com a mão o trinco do banheiro público; verificar periodicamente o saldo bancário, etc.
Alguns desses comportamentos ou outros semelhantes fazem parte dos hábitos rotineiros da maioria de nós.
Enquanto eles forem meras preocupações ou esquisitices, estarão dentro de uma relativa normalidade.
Entretanto, quando se tornarem excessivamente repetidos, sendo praticados inúmeras vezes e em curto espaços de tempo, causarem aflições, comprometerem o desempenho existencial e do trabalho, isso configura o que chamamos de obsessões ou compulsões (TOC).
Uma pessoa que se torna exageradamente sistemática, não confia em si mesma.
A falta de confiança em si promove a busca de referências externas, tais como querer dar conta de todos os detalhes para que nada dê errado; realizar minuciosamente cada procedimento; dar muita importância às opiniões dos outros. Como ela se apoia nas situações externas, torna-se metódica para se sentir segura.
 

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