Sistema nervoso
- Trigêmeo: A identidade pessoal diante do grupo social.
O trigêmeo pertence ao grupo dos nervos cranianos.
É um nervo misto, possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora.
Inerva a parte inferior da face, boca, dentes e os músculos da mastigação.
É assim denominado por causa dos três ramos que são derivados dele: o nervo oftálmico (que conduz os estímulos visuais dos olhos para o encéfalo), o nervo maxilar e o nervo mandibular.
Na metafísica, o nervo trigêmeo está relacionado a nossa auto definição, ou seja, à maneira como nos constituímos socialmente.
A identidade do grupo a que pertencemos condiz com o nosso jeito de ser.
Os valores familiares, as condições socioeconômicas e as crenças religiosas estão arraigadas em nós, definindo nosso estilo de vida e nosso comportamento.
Quando de alguma forma, o modelo do grupo a que pertencemos é abalado, isso compromete a nossa desenvoltura diante do próprio grupo e também da sociedade em geral.
Os acontecimentos que denigrem o estilo de vida que adotamos, poderão nos abalar interiormente, provocando uma crise de identidade.
A maneira como reagimos a esses acontecimentos, vai, metafisicamente, definir as condições do nervo trigêmeo.
Basicamente, existem três tipos de reações que são consideradas as principais formas de condutas diante dos conflitos de identidade: a primeira é a exteriorização, a segunda é a elaboração interna e a terceira é a repressão, esta última equivale à causa metafísica da nevralgia do trigêmeo.
1– Externar o conflito é uma maneira, segundo a metafísica da saúde, de poupar o nervo trigêmeo; no entanto, pode suscitar confusão com as pessoas ao redor.
O empenho para defender os valores culturais leva à exposição pública a favor daquilo em que se acredita.
Os movimentos em defesa dos padrões, sejam eles de origem social, política ou religiosa, muitas vezes são causadores de revoluções e até de guerras.
Um exemplo de exteriorização são os conflitos religiosos.
Quando surgem revelações “bombásticas” a respeito de uma determinada religião, as pessoas que pertencem àquele segmento, principalmente, os ícones religiosos, tendem a se mobilizar para preservar os seus princípios. Eles vão à mídia defender o que acreditam ou se expõem perante os fiéis para fortalecer a crença dos seguidores, evitando que os boatos abalem a fé própria e do grupo.
O mesmo ocorre com a discriminação a determinado grupo.
As pessoas afetadas pelo preconceito, imediatamente se manifestam em defesa dos seus direitos. Lutam para preservar seu espaço social, sem terem de se moldar aos costumes considerados socialmente corretos.
A rebeldia, por exemplo, é uma reação característica dessa conduta.
Ela é comum nos jovens, mas pode ocorrer em qualquer idade.
Trata-se de um inconformismo com as regras vigentes, que se manifesta em forma de oposição veemente aos valores sociais ou familiares.
Quanto mais violenta a resposta da pessoa, mais envolvida ela se encontra com os alvos de seu ataque.
A voracidade com que ela ataca a família ou a sociedade, tem como objetivo destruir os conteúdos profundamente arraigados em si mesma.
Pode-se dizer que a rebeldia é uma tentativa de destruir nos outros o que está incutido nela própria.
2– A elaboração é a segunda maneira de gerenciar os conflitos de identidade.
Nesse caso não há a negação nem o repúdio às situações conflituosas provenientes do meio exterior.
A pessoa respeita os diferentes pontos de vista alheios. Não discute valores; considera o direito de cada um ter suas próprias crenças e pertencer a determinado grupo. Vê na diversidade, a riqueza do processo e o equilíbrio das forças sociais.
Caso todos comungassem as mesmas verdades, haveria somente uma classe dominante, que impediria qualquer outro estilo de vida.
O predomínio de um grupo social, político ou religioso não permitiria a existência de outras versões; todos teriam de se adequar às verdades vigentes. Não teria espaço na sociedade para as pessoas viverem de acordo ao que elas são adeptas.
Exigimos respeito, mas também criticamos algumas posturas alheias ou certos procedimentos de outros grupos; essa atitude atrai críticas à nossa maneira de ser. O respeito às diferenças deve partir de nós, para depois exigirmos que os outros nos aceitem.
O conflito de ideias também pode promover a mudança de valores e a constituição de novas crenças. O contato entre as diferenças oferece recursos para o aprimoramento pessoal.
Para tanto, faz-se necessário uma atitude reflexiva, sem descartar prontamente aquilo que se opõe às suas crenças.
Portanto, a elaboração dos conflitos gerados pelos choques culturais, religiosos, etc., pode promover tanto o respeito, quanto as mudanças interiores.
Ponderar as ocorrências que divergem daquilo que você acredita, representa uma maneira inteligente e saudável de relação entre o mundo interno e o meio externo.
Pode-se dizer que tudo vai acrescentar experiência, se houver aceitação, respeito a si e aos outros.
Na condição de aprendizes, todos os acontecimentos, sejam eles bons ou ruins, contribuem para o nosso aprimoramento interior.
3– A terceira reação diante das críticas que abalam a nossa identidade é reprimir os impulsos, embutir o conflito para evitar confrontos de ideias. Caso essa contenção da impetuosidade seja acompanhada de boa elaboração interior, evitamos a discórdia e preservamos nossa saúde emocional e física.
Mas na maioria das vezes evitamos o conflito com os outros, e não conseguimos minimizar a confusão interior; com isso, ferimos a nós mesmos.
A autoagressão, decorrente da repressão da turbulência emocional, afeta o nervo trigêmeo, podendo desencadear crises de nevralgia do trigêmeo.
- Nevralgia do Trigêmeo: Conflitos de identidade.
Nevralgia, também descrita como neuralgia, consiste em uma dor forte, geralmente suportável, que ocorre na extensão de um nervo craniano ou espinhal.
Nevralgia do trigêmeo é uma síndrome caracterizada por dor intensa, que dura alguns segundos ou mais.
A dor irradia pelo rosto, atingindo os lábios, as bochechas, etc.
O movimento de mascar pode precipitar o sintoma.
A reprovação do que acreditamos, principalmente quando provenientes de pessoas influentes no meio, pode nos abalar a ponto de gerar profundos questionamentos sobre as verdades que regeram nossa vida.
A importância atribuída a certas pessoas ou situações passa por um novo crivo de seleção.
Avaliamos se o elevado grau de consideração por alguém ou a certas condutas realmente merece nosso apreço.
Esses conflitos existenciais abalam nossas crenças.
Geralmente, eles vêm seguidos de turbulências emocionais que, por sua vez, não são nem externadas, tampouco minimizadas, corroendo a nossa autoimagem.
Essa transformação ocorre de forma dolorida.
É como se as críticas penetrassem em nosso ser como lâminas cortantes, que arrancam as nossas verdades.
Enquanto ainda não concebemos novos valores, resta-nos a dor da perda do referencial de vida, que regeu nossas condutas.
Esses ferimentos emocionais não são externados.
Sujeitamo-nos às críticas, sem revidar aos ataques.
Demonstramos uma conduta aparentemente forte, mas no íntimo estamos abalados.
Nossos sofrimentos não são sequer compartilhados com aqueles que nos cercam. Sofremos calados.
Isso aumenta ainda mais as nossas angústias, pois quando manifestamos as fraquezas, suavizamos os reflexos que, metafisicamente poderiam afetar o corpo.
Geralmente, as mudanças de crenças vêm acompanhadas de crises externas e também interiores. Somos acometidos por ocorrências “bombásticas”, que tiram o nosso chão.
De um momento para o outro somos surpreendidos por uma reviravolta no curso existencial, que nos lança para outras concepções de mundo, que jamais suporíamos.
De repente, o conforto que as nossas crenças proporcionava é perdido.
Sentimo-nos à mercê de alguns absurdos, ou seja, de possibilidades que jamais imaginávamos. Mas em virtude dos acontecimentos, passamos a ponderar e não mais repudiamos os conceitos que outrora afrontavam nossas “verdades”.
Afinal, é mais fácil denegrir quem pratica um erro do que rever nossas crenças. Dificilmente nos propomos a refletir sobre aquilo que concebemos como verdadeiro. Mesmo diante dos eventos desastrosos, envolvendo um integrante do grupo religioso ou familiar, não revemos nossos valores. Insistimos em preservar as velhas crenças para não vivenciar uma crise de identidade.
Quando as nossas concepções se encontram ameaçadas pelos acontecimentos conflituosos, reprimimos a impulsividade. Esboçamos uma aparente indiferença e não compartilhamos com ninguém as nossas angústias. Para dar conta desse sofrimento, deslocamos as forças geradas pelo conflito para o corpo.
A transferência das aflições para o corpo minimiza a carga emocional desses sentimentos, tornando-os suportáveis.
Desse modo, conseguimos acomodar as inquietações interiores.
Ao fazer a passagem desse tipo de sofrimento, do campo das emoções para a esfera orgânica, o nervo trigêmeo é a área de choque do corpo que recebe essa bagagem afetiva.
A intensa dor desse nervo, metafisicamente, é o reflexo desse tipo de amargura.
Portanto, para não sofrer no físico aquilo que você não dá conta de suportar no seu ser, procure manifestar suas amarguras. Permita-se lamentar seus infortúnios, expondo suas dores.
Não queira poupar os outros e com isso se estraçalhar interiormente.
Em vez de negar o sofrimento, tentando esquecê-lo, procure resolver os seus desgostos no consciente. Quando você não der conta das suas angústias, compartilhe-as, dividindo o seu abalo com os outros, sem fugir dos confrontos. Mesmo que isso provoque conflito nas relações interpessoais, evite a agressão para consigo mesmo.
Aceite suas fragilidades emocionais; respeite seus limites. Não pense que essa conduta o torna fraco; ao contrário, demonstra um gesto de fortalecimento interior, conquistado pelo reconhecimento das condições internas.
Por outro lado, mostrar-se forte perante os outros muitas vezes o desgasta, a ponto de enfraquecê-lo. Principalmente quando a demonstração de força for acompanhada da negação das suas angústias.
Procure ser autêntico consigo mesmo e com os outros.
Por mais dolorido que seja um acontecimento, tente dar conta dele; se não conseguir, procure alguém de confiança para conter um problema, por causa da sua gravidade, não resista em se expor, manifestando sua indignação para com os eventos exteriores. Isso vai poupá-lo da dor emocional ou física.
- Nervo Ciático: Contato com a realidade e perspectivas de futuro.
É o maior nervo do corpo.
Pertence ao grupo dos nervos cranianos.
Origina-se nas regiões lombar e sacral da coluna vertebral. Percorre a região detrás das pernas, inervando as extremidades inferiores das pernas até os pés.
O conceito metafísico do nervo ciático se refere à maneira como estabelecemos contato com a realidade.
A forma como nos relacionamos com os eventos exteriores, em especial àqueles que compõem o nosso dia-a-dia.
A realidade equivale àquilo que é estável no cotidiano; diz respeito às condições de vida que nos cercam a maior parte do tempo, tais como a casa em que moramos, as pessoas com quem convivemos diariamente, tanto os entes queridos, como os colegas de trabalho; as condições profissionais e econômicas.
Tudo isso faz parte da nossa vida.
Não se trata do que é meramente real, tangível e percebido com os órgãos dos sentidos.
Aquilo que vemos, ouvimos, etc., equivale à interação com o mundo real.
São situações passageiras, vivenciadas em algumas ocasiões, como viajar a um local agradável, visitar outras pessoas, encontrar os amigos e outros eventos ocasionais e momentâneos. Apesar de eles serem eventos reais, não podem ser considerados como realidade de vida; pois não interagimos frequentemente com eles.
O contexto metafísico do nervo ciático condiz com a interação com as circunstâncias permanentes.
As condições de vida que temos, o que usufruímos no meio; tanto os privilégios, quanto os desafios cotidianos, que fazem parte da nossa existência.
A realidade equivale à própria vida, pois estamos tão envolvidos com ela, que concebemos a existência vinculada aos fatos que nos circundam.
Quando as ocorrências são agradáveis, sentimo-nos recompensados, mas quando enfrentamos grandes obstáculos, costumamos dizer que a vida é difícil.
Os abalos emocionais que sofremos ao lidar com os eventos exteriores podem comprometer o sentido da vida.
Diante dos problemas cotidianos podemos perder o interesse pelo que nos cerca.
As interferências prejudiciais ao meio e as perdas materiais ou afetivas podem desencadear profundo desânimo.
Essas condições internas podem causar problemas ciáticos.
Além da realidade presente, o nervo ciático, metafisicamente, equivale às perspectivas de futuro.
Elas são projetadas com base nas ocorrências momentâneas.
A maneira como encaramos o desenvolvimento dos fatos e sentimos as possibilidades vindouras refletem nas condições ciáticas.
As preocupações demasiadas com o amanhã representam falta de fé em si mesmo e na vida. As pessoas que precisam de algo sólido para se sentirem seguras, não confiam suficientemente em si mesmas, nem no Universo.
As forças sutis que organizam as conjunturas, conspiram a favor de quem cultiva sentimentos promissores. Isso se manifesta em forma de oportunidades, que, se forem bem aproveitadas, promovem significativas mudanças no curso da vida.
Quem confia nos recursos internos, tais como a força criativa e a capacidade realizadora, não se abala diante das perspectivas desfavoráveis de futuro.
Aquele que acredita nas forças interiores, afugenta os receios de que algo ruim possa acontecer.
Sente-se capaz de driblar os obstáculos que supostamente ocorrerão no curso da vida.
- Dor Ciática: Dramatizar o futuro com base nos incidentes atuais.
A dor ciática irradia das costas, passa pelas nádegas e estende-se pela lateral das pernas, atingindo a região inferior delas e dos pés.
Na esfera metafísica, esse sintoma reflete o abalo da pessoa em relação à ocorrências ruins; principalmente, em se tratando da família ou do trabalho.
Revela a proporção dos “ferimentos” emocionais, causados pelos eventos desagradáveis do cotidiano.
Os problemas absorvem-na a ponto de não conseguir fluir bem nas outras atividades. Dedica-se obsessivamente aos acontecimentos perturbadores, a tal ponto que contamina os demais setores da vida.
A pessoa fica tão mal, que não consegue desempenhar bem as outras tarefas.
Essa atitude contamina também suas perspectivas futuras.
As dificuldades atuais repercutem negativamente na concepção do amanhã.
A pessoa passa a temer o futuro em virtude das instabilidades momentâneas. Certos acontecimentos afetam o conceito acerca do destino, tais como desentendimentos afetivos, complicações com filhos; principalmente a falta de dinheiro.
Quando a pessoa tem a estabilidade financeira ela considera o amanhã promissor. Sente-se mais segura por ter recursos econômicos para suprir ou minimizar uma série de eventualidades. Mas a falta de condições materiais tende a causar inseguranças em relação ao futuro.
Para manter a estabilidade emocional nos momentos de turbulências existenciais, não convém fazer previsões.
As expectativas são influenciadas pelas confusões.
Olhar para o futuro, projetando os elementos ruins da atualidade, gera instabilidade e/ou temor. Isso piora ainda mais os desconfortos provocados pelas complicações atuais. Imaginar o aumento dos transtornos multiplica o sofrimento.
No transcorrer dos acontecimentos podem acontecer coisas que alteram o reflexo das situações atuais, principalmente se mudarmos o padrão vibracional e passarmos a conceber possibilidades melhores para o amanhã.
Devemos confiar nos mecanismos existenciais.
A qualquer momento, podemos ser surpreendidos com ocorrências positivas que redirecionam o curso da vida.
Quando parece que tudo se encaminha para um desfecho impossível de administrar, eventos inesperados podem mudar completamente as condições do meio.
Existem eventos que provocam verdadeiras revoluções na vida das pessoas.
Podem ser tanto ocorrências boas como ruins, tais como o surgimento de uma pessoa especial; a separação de alguém, que de certa forma dificultava a convivência; até a morte de um integrante da família, ocasionando completa reviravolta no ambiente.
As ocorrências presentes, por mais desastrosas que pareçam, não definem as condições vindouras.
Creia no sincronismo do Universo, que pode trazer soluções, mudando completamente o curso da sua história.
Para que isso possa acontecer, não dramatize os problemas.
Inverta a maneira de olhar para o amanhã.
Imagine a possibilidade de você estar a um passo da solução daquilo que o aflige no presente.
Acredite num futuro promissor e numa vida farta, abundante.
Isso poderá se tornar real, se você acreditar e agir para transformar a realidade.